segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Por hoje


Cidadãos, como iniciar um texto para, de uma vez por todas, jogar na cara dos moradores de nosso município, o que eles realmente precisam ser lembrados? Quais são e como encontrar as palavras corretas, as mais fortes e contundentes, para investir pesado contra tantas pessoas que não se importam com nada além de si mesmas? Quais palavras poderiam ser usadas para realmente incomodá-las e tirá-las da apatia contagiosa na qual se encontram? Quais palavras poderiam soar-lhes insuportáveis e que poderiam levá-las a sentir legítima vergonha do papel a que se submetem na ordem das coisas?


Tarefa difícil - confesso - porém, a mais importante de todas!


Primeira manifestação do V de Vergonha (atual 'Cidadão V')


Por hoje


O primeiro fato que me vem à mente, a conclusão mais óbvia, é que essas pessoas merecem os políticos que tem! Merecem ser deixados de lado por pessoas que só se aventuram na política para proveito próprio, para buscar vantagens, auto-promoção e ascensão social; merecem colocar seus cabrestos e votar sempre nas mesmas pessoas, numa re-eleição "ad infinitum" comprometedora, inconseqüente e prejudicial à própria Democracia. Votar deveria ser encarado com maior responsabilidade, se não, bem, depois não adianta reclamar... Nas palavras do Filósofo Político Edmund Burke, "o Mal triunfa sempre que os bons não fazem nada".


A meu ver, Pindamonhangaba, há muito necessita de uma nova classe de representantes; de homens e mulheres honrados, realmente interessados em mudar os rumos da política feita aqui. Contudo, parece-me que os verdadeiros interessados podem falar, gritar que suas palavras não encontram eco numa sociedade acostumada com o "berço esplêndido (ou não!) e vem, então, a certeza de que os moradores fazem por merecer todo o descaso dos políticos. Na verdade, nem importa se merecem ou não, pois continuarão aceitando tudo na bovina passividade vergonhosa de sempre.


É triste e desoladora a constatação, mas as pessoas parecem merecer serem enganadas e, creio que algumas até gostam, pois assim fica mais fácil de aceitarem seu papel inócuo numa sociedade de hipocrisias. Estão tão acostumados a serem ludibriados que nem se importam que os políticos o façam nas suas caras! Por exemplo, levar a nossa 'Casa de Leis' para longe do centro da cidade, com o velado intuito de esvaziar as sessões e permitir-lhes brincar de fazer política. Ou utilizar o veículo oficial para tratar de assuntos pessoais!


Da primeira vez que os pindenses foram às ruas protestar em Junho, me iludi; acreditei que uma nova juventude surgia, que haviam jovens dispostos a deixar suas diferenças de lado em nome de uma causa maior do que eles mesmos. Parecia-me que haviam despertado como povo. Não! Eu estava  enganado, pois nossa cidade está muito bem-servida de indignados 'poser', cheios de palavras, tão vazias quando seus discursos sobre a política em nossa cidade. Jovens que se preocupam em passar uma imagem distorcida deles mesmos nas redes sociais. Só auto-enganação, presos a inércia; de pobreza de espírito tão grande quanto seus frágeis egos inflados.


Por algum tempo participei de um grupo de internautas no "fêissibuque" que me parecia interessado (mesmo) em assumir o papel de agente da mudança que a Princesa há muito necessita, entretanto, a palavra 'engano' pode ser utilizada novamente, tão logo meus comentários (assim como de alguns outros membros do grupo) passaram a incomodar, fui (fomos) expulso (s). É estranho perceber que as pessoas só pensam em se pronunciar numa página da internet com o intuito único de atuarem como Advogados de Defesa de políticos ultrapassados, presos num passado que já não mais se sustenta, que acena com um futuro oco, esvaziado da verdadeira luta a pautar as ações de qualquer político digno: o Bem-Comum. Muitos interessados em tirar alguma vantagem, em tomar para si qualquer lucro, não importa quão pequeno e ainda posar de bem-feitores; os Arautos de um futuro feito passado; pessoas que enganam a si mesmas ao buscar refúgio numa intelectualidade que não possuem; mais interessadas em 'vencer' uma discussão sem apresentar elementos que corroborem o que afirmam, tão acostumados que estão em pensar pequeno, não se dão nem ao luxo de ler e tentar entender argumentos contrários, apenas ignoram e continuam em tresloucada gritaria, desfilando falácias como verdades absolutas, buscando convencer através do nada. E são tantas pessoas assim. Pessoas pequenas e - acima de tudo -covardes, escondidas em perfis "fake", de onde atacam tudo e todos. Gente incapaz de pensar a longo prazo, que clama por soluções imediatistas, sem considerar o que colherão no futuro. Não dá nem para dizer que usam cabrestos e sim, vendas!


Nesse pequeno período de tempo em que venho atuando, com amigos, para tentar mudar esse quadro de descaso, me impressiona o fato de termos sido atacados por adultos que deveriam buscar união, para que
pudéssemos lutar por uma Pindamonhangaba melhor para todos. Mas não o fazem, ao invés disso sentem-se diminuídos por nossas ações (as quais, incansavelmente, os convidamos!), que nem se importam em tentar compreendê-las, não se abrem para um diálogo saudável e tudo o que fazem é atacar bestialmente, qualquer tema que seja demais para sua compreensão. Vivemos num planeta onde a maioria das pessoas visa lucros e benefícios pessoais e a partir do momento que se deparam com gente interessada em ajudar o próximo incondicionalmente, sentem-se ameaçados e começam a expor um arsenal de mediocridades em discursos notadamente reprováveis. E se dão ao luxo de acreditar que ninguém percebe a pequenez do que expressam; tão ensimesmados que não conseguiriam enxergar a verdade mesmo que ela dançasse nua em seus narizes.


Mas não posso parar de acreditar, apesar de sentir vontade de deixar tudo de lado, sinto que não posso fazê-lo, sinto minha responsabilidade diante do quadro social que contribuímos, doando as tintas com as quais os políticos fazem 'arte' (no pior sentido). Não, não posso parar, não posso nem me permitir cogitar tal hipótese, tenho que acreditar no despertar dos filhos da Princesa. Tenho que acreditar que eles se cansarão de serem empalados em praça pública por conta da morosidade se seus raciocínios comprometidos pela falta de uso. Tenho que acreditar, pois sei que não vim ao mundo para ser mais um acomodado e sim, para me aventurar a bancar as minhas próprias idéias e defendê-las contra o escárnio das hienas sedentas pelo poder. Ok...


Chega de verdades por hoje!

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