quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O fingimento nosso de cada dia





Cidadãos; é muito difícil sermos ouvidos; mesmo com as facilidades da internet para  nos comunicarmos uns com os outros, expormos nossas idéias, discutirmos nossos pensamentos e assim, crescer como seres-humanos (o que na verdade não passa de um sonho, sempre unilateral). É difícil que nossas palavras atingam as pessoas que nos representam no Poder. Somos todos como o palhaço acima, tentando ser pacíficos enquanto o expresso das opressões se dirige sobre nossos sonhos e aspirações mais sinceros.


Para piorar, muitos são os que acreditam que temos todo o direito a nos manifestar e reivindicar nossos direitos, entretanto pacificamente, sim, todos ordeiros, sobre as calçadas, com cartolinas e brandos contra quem nos oprime. Agora, qual a eficiência disso tudo? Nenhuma! Sabemos disso, por isso ganhamos as ruas, paramos o trânsito, incomodamos... Desta forma, o feito chega a quem realmente interessa, a quem não quer ver o povo na rua cobrando e, de algum modo, manchando sua imagem, a imagem de sua administração. Isso tem muito mais peso do que as pessoas imaginam. O contrário é inócuo e só desperta - no máximo - gargalhadas naqueles que detém o poder. Se não somos considerados inconvenientes para o coletivo, não somos nada e os protestos torrnam-se ineficazes. Se nos importamos em entender os motivos de um protes, nosso dever moral, se concordamos, é de fazer parte, parar o carro de bom grado e unir nossa voz a dos manifestantes. Infelizmente, acreditar na primeira hipótese, é seguir o discurso do patrão, é de "conciliação", de paz (que só deveria ser verdadeiramente conquistada, quando se dedicar atenção aos menos favorecidos. Normalmente, temos a tendência a tentar o diálogo, mas o que recebemos em troca são promessas vazias, palavras e mais palavras desprovidas do legítimo compromisso tão almejado.


Existem os mais variados motivos, estão todos aí, sendo esfregados diariamente na cara de cada um de nós, e mesmo bastando escolhermos qual queremos ver resolvido, nos recolhemos numa insignificância imposta e uma impotência bem planejada. A Saúde está uma "beleza", dia desses a palavra 'Chiqueiro' foi aplaudida e despertou discursos inflamados entre pares do Legislativo; um Edil foi flagrado usando veículo oficial para fins particulares; péssimas condições de transporte, tarifa injusta, educação fraca, de qualidade duvidosa... Mas e daí não é mesmo? Nós que sabemos de tantos problemas não nos unimos, não esclarecemos ou conscientizamos aqueles que acreditam que assim está bom! A verdade é que muitos de nós não dependem de serviços públicos, do contrário, sairíamos para reivindicar nossos direitos e alguns até externarão sua ira com tanto abandono e descaso. Às vezes fico pensando na hipocrisia dessa minoria que tenta fazer prevalecer suas idéias tolas e que ignoram a realidade de muitos, inclusive delas mesmas, que não conseguem compreender que não há diferença no descontrole que os faz despedaçar celulares quando o serviço o deixa 'louco' e que pessoas façam o mesmo contra o que os mata (péssimo atendimento nos hospitais públicos e os demais motivos supra-citados); essas pessoas não conseguem compreender a ligação entre os dois gestos, não entra em suas mentes que às vezes todos perdemos o controle, não importa o motivo, mas é inegável que os fúteis são aceitos e os úteis são massacrados pela visão hipócrita e pela própria falta de auto-conhecimento de alguns.


Nesse mundo tudo desune, tudo afasta, exatamente para nos tornar fáceis de controlar; o sistema constrói essas divisões que nos impedem de, juntos, buscar soluções aos problemas, a nos unir por um ideal, para fazer valer nossos direitos. Somos todos reféns de nossos preconceitos. E o nosso resgate é caro demais


Voltando, se vamos às "ruas", não causamos nenhum distúrbio, apenas apresentamos nossos cartazes, nossos brados por ordem, pelo fim da corrupção, pela moralização dos poderes e daqueles que nos representam, por melhorias no transporte (com qualidade, com preço justo)... Bem, nada muda, nada acontece, fora as risadas que os poderosos dão em seus gabinetes pagos com nosso dinheiro. Agora, se as pessoas se unem, saem em massa do conforto de suas casas, se encontram na Praça Monsenhor Marcondes e saem em caminhada até a Prefeitura, então, tudo começa a mudar. Há uma diferença gritante; em primeiro, o inconveniente no trânsito, o aparecimento da Polícia Militar - em peso - "apenas para garantir a segurança de todos". Quando as pessoas saem juntas e são muitas e causam distúrbios, todos ficam sabendo, os cidadãos ficam sabendo, os Vereadores ficam sabendo, o Prefeito fica sabendo e é a partir daí que dão atenção, querem escutar as reinvindicações e percebem que não estamos mais aceitando descalabros, os desmandos, os mal-feitos e a falta de respeito com o bem público.


A CUT entendeu e mostrou o caminho, parando o Trabalhador, eles prejudicam o empresário e este se vê obrigado a negociar e se abre espaço para a negociação. Nossos políticos deveriam entender também, deveriam esclarecer seus eleitores, e convidá-los a ganhar as ruas, mas não, acabam todos fazendo o jogo do patrão; como muita gente já acredita, eles servem apenas para desviar a atenção do que realmente importa e acabamos cobrando quem muito pouco pode fazer. Prestamos atenção e combatemos somente os sintomas, deixando a verdadeira doença de lado. E como muitos não vêem mudanças, não as experimentam, vão desanimando e voltam para suas manifestações de sofá e pronto, tudo fica do jeito que sempre foi; nos permitem a simples impressão de uma vitória aqui, outra ali e todos seguem suas vidas, aceitando um sentimento de insignificância e impotência que tentam sufocar com drogas variadas, sendo o álcool, a mais reincidente delas.


Reduzidos a meros (tele) espectadores, nos contorcemos em júbilo quando alguém faz algo em nosso lugar, conferimos a estes o status de "Salvadores da Pátria" e nos sentimos vingados; porém, no fundo, sabemos que a verdade nunca muda, o problema somos nós, pois temos consciência da pequenez das migalhas que nos são oferecidas de tempos em tempos, para nos aplacar a fúria que brota dessa amarga impotência e convivemos com o fingimento nosso de cada dia.


Vamos nos tornando em seres de teorias, mas de nenhuma ação. E assim, assinamos placidamente um cheque em branco para continuarmos a receber o pouco caso daqueles nos quais depositamos nossa confiança.




p.s.: texto incompleto. Este revisarei. Aguardem.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mobilidade e HUMANISMO


Cidadãos; devo pedir-lhes paciência com este escriba, pois Jornalista fazendo contas é algo temerário, principalmento no meu caso, que fugi da Matemática me matriculando no curso de Comunicação Social, porém, como podem constatar, não deu pra fugir totalmente.




Bem, vamos lá... Estive pensando na redução de tarifas do transporte coletivo e cheguei a algumas considerações; primeiro: se um munícipe precisa de apenas uma única condução para deslocar-se ao trabalho, pagando R$ 2,85, no final do mês, terá gasto R$ 136,80 com a empresa de transporte... Certo? Continuando: se, como muitos trabalhadores, são necessários dois ônibus para chegar ao emprego, dobra-se o valor, ou seja, vai para R$ 273,60. Recebendo apenas 1 (hum) Salário-Mínimo (que hoje é de R$ 678,00, o vemos ser reduzido a R$ 404,40 (que, convenhamos, deve pesar para quem tem família para sustentar com esse salário)!


Com a desoneração dos impostos PIS/Pasep e Cofins pelo Governo Federal - justamente para colaborar com o trabalhador - conforme a Lei 12.860, vamos, por enquanto, fazer uma redução de 20 Centavos (há quem diga que o valor é maior, mas ainda estou por fora, vou procurar me informar melhor). Compartilho de opiniões fortes sobre a não-redução de tarifa em nossa cidade, como "lucrar com imposto que não é mais cobrado é corrupção", ou no popular:




Então, se estivermos falando de R$ 2,65 no preço da tarifa, sendo apenas uma condução, temos R$ 127,20 por mês, mas com duas conduções ao dia, o valor passa a R$ 254,40. E o Salário-Mínimo sofre uma considerável diminuição para R$ 423,60.


Claro, não posso deixar de fora o Vale-Transporte, mesmo que há anos venho trabalhando como Professor particular e os alunos é que vinham à minha casa, então não lembro direito como funcionava na época em que trabalhava numa escola em Lorena e morava aqui em Pinda. Bem, após dar uma olhadinha no Google, vi que, caso a empresa custeie o transporte de seu funcionário, há um desconto de 6% no salário.


Um sonho desde 1996


Ah se os trabalhadores de nossa cidade pudessem contar com o arquivado Bilhete-Único... 15.000 munícipes pediram pela adoção do sistema e... NADA! Aliás, o pessoal que detém essas assinaturas, bem que poderia ajudar, pois existem cidadãos interessados em tocar o processo adiante! Quem participou das coletas bem que poderia pedir a devolução das assinaturas, acho que teriam mais chances do que eu para recuperá-las, pois deram as caras, correram atrás e aposto que ainda querem ver o sistema ser adotado em nossa cidade... Não?!


E não podemos esquecer das inúmeras reclamações de usuários, que já não estão mais suportando serem transportados feito gado em ônibus lotados e com problemas mecânicos (como relatou uma usuária em grupo no fêissibuque). Aliás, lembro de Vereadores convidando um dos sócios da empresa a pegar ônibus em horário de pico... Acho que alguns Edis deveriam utilizar o transporte coletivo e sentir na pele o que o povo passa diariamente a caminho do trabalho, para unir todos para mudar esse triste quadro. E será que o pedido para examinarem o contrato com a empresa um dia será acatado pela Prefeitura? Será que há algo a esconder?


P.S.: Agradecimentos à Elaine Antunes, pois sem sua ajuda imprescindível, háh, eu só teria queimado a cara! Nada como uma pessoa inteligente, meticulosa e solícita para auxiliar nesse momento.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Uma pena.


Cidadãos; nem sei como eu poderia expressar meu descontentamento com o que leio pelas redes sociais, nos grupos sobre Pindamonhangaba, sem cair  na mesmice das obviedades e sem apelar para a metodologia das ofensas pessoais que, vira-e-mexe, parece ser a única constante nos "diálogos"? Isso me desanima de verdade. Todo mundo está cheio da razão, até quem não tem razão! Gente que chega ao cúmulo de incluir disparates e chistes medíocres e sem graça, esvaziados de qualquer conteúdo - no mínimo - pertinente e os instala como verdades irrefutáveis de tempos imemoriais. Contudo, frente a menor oposição, não oferecem embasamentos para o que dizem e se ofendem quando são contestados. E imagine só, se você provar o que diz, pronto é a ofensa máxima, pois certas pessoas não aceitam ser desmascarados em suas frágeis alegações e - pasme! -  até aparecem com "brilhantes deduções imbecis" ou "deduções brilhantemente imbecis".


Eu gostaria de acreditar que todos os membros, de todos os grupos, realmente se importassem com a nossa cidade, que desejassem o melhor para todos, mas não, isso não acontece; o que existe é gente oportunista, puxa-sacos e os famigerados "fakes", claro, existem algumas pessoas de boa índole, que acreditam na temperança e que crêem na busca por melhorias para se fazer uma cidade melhor. E que sabem dialogar sem baixar o nível. Mas estes, infelizmente, são tão poucos.


Todos os grupos são formados por milhares de membros, infelizmente, a esmagadora maioria nem os freqüenta! Os grupos acabam passando por nada mais que enfeites de perfil, para que se digam politizados e preocupados com Pindamonhangaba, mas participar mesmo, nem por decreto. O que resta é meia dúzia de interessados, perdidos no meio de pessoas que só querem mesmo é fazer confusão e desvirtuar assuntos incômodos para amigos e protegidos (geralmente, algum político local ou espertos de ocasião), os quais invariavelmente descambam para a baixaria, como se, ao gritarem, suas bobagens terão reconhecimento e valor. Ah, uma das atividades mais marcantes desse pessoalzinho é atacar a vida pessoal de quem lhes incomoda as pretensões obscuras, numa demonstração clara de incompetência com doses cavalares de débeis argumentações. Tão triste quanto ridículo.


Em época de eleição veremos muita gente se apresentando como Salvadores da Pátria, alguns já começaram, mas é claro, sem fazer nada muito substancial e pertinente, mas sim, utilizando o fêissibuque para expor suas idéias, que nem lá são muito suas, geralmente compartilham pensamentos políticos, mas basta prestar atenção, ninguém debate nada, apenas deixa a sua marca, dá uma idéia do que pensa, mas conversar a respeito, aí já é querer demais, pois hoje em dia as pessoas estão despertando contra esse tipo de pessoa que não consegue bancar o que fala, ainda mais no ambiente virtual, quando as possibilidades de pesquisa oferecem as pedras para pavimentarmos os caminhos do conhecimento. Aliás, quem quiser ser Vereador deveria começar fazendo trabalho voluntário, ir a Hospital Público, virar gado no transporte coletivo, ter seus filhos em Escolas Públicas; deveria ser LEI. Fica difícil em falar em moralidade num ambiente de privilégios. Bem, está tarde, não vou me aprofundar ainda mais, acredito que já deu para se ter uma idéia e sei que para alguns, estas são apenas observações medíocres. Uma pena.





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pausa


Um Amor mais Elevado

Feito sonho dourado
Liberto coração infantil
Abraço o espaço inventado
Vago vazio, afago sutil

Insistente alma carente
Onírica essência trescalante
Divina vontade latente
Ousada paixão delirante

Ardente fogo selvagem
Máximo prazer bem discreto
Arte feito miragem
Realidade feito decreto

Alucinada cópula dourada
Luminosa chama encantada
Herói de mitológicas batalhas

Estátua de Poesia apaixonada
Rara semente elevada
Necessário em virtudes e falhas

Atiço o calor da umidade
Num frenesi  prolongado
Dedos em comunicabilidade
Em casta intimidade
Zelando um Amor mais elevado...


pra quem entendeu:
Shhhhhh...

O Circo de Barbosa


Cidadãos; devo alertá-los: para ler o texto a seguir, em primeiro lugar você tem que abrir sua mente, dedicar-se a compreender o que é escrito, despido de preconceitos e pré-julgamentos, tão próprios quando nos deparamos com uma forma de pensar diferente da nossa. Como já o fiz antes, sou obrigado a informar-lhes que sou apartidário e esta é apenas a minha visão. Não sei mais do que ninguém, apenas baseio minhas afirmações e observações sobre o que vejo, leio e escuto acerca dos fatos; faço um balanço, penso bastante e passo para o papel. No caso, para o meu 'note'. Peço a todos, um pouquinho de paciência, atenção e um olhar neutro sobre o texto, alheio às paixões partidárias e visões deturpadas 'ensinadas' pela mídia. Sem fanatismos, sem radicalismos, apenas a observação crua e fria sobre os fatos. Mesmo que público e notório, me vejo no dever de avisar que não cabe aqui tentar desvalorizar minhas palavras arvorando-se em afirmações capengas, como já vi (muito) acontecer com qualquer pessoa que se recusa a pensar com o rebanho: "petista", "pago pelo PT para defender o partido", entre outras afirmações que somente expõe a incapacidade de analisar friamente um texto e preconceitos dos mais variados. Sem contar que invariavelmente desperta o pior das pessoas, algumas até se armam de uma empáfia intragável, como uma advogada com quem tentei conversar, que se limitava a ofender os demais por não terem OAB e ridicularizar o entendimento de todos, numa colossal pobreza de espírito e desprezo pelo próprio sentido de humildade. Ao invés de expor sua visão "tão" superior sobre o tema, se limitava a fazer troça do conhecimento dos outros, fazendo pouco caso de quem não pensava como ela e tentava dialogar. Ela só não contava com o fato de que os demais a confrontariam, expondo seu raciocínio de fazer corar seus Professores (se acompanhassem o desenrolar da discussão). Lamentável. "Estou errada, mas não dou o braço a torcer", foi esta a percepção final dos envolvidos. Ah, ok, chega, vamos lá... Bem-vindos ao:




Recebi há alguns dias, uma mensagem 'inbox' de uma amiga preocupada com o meu posicionamento acerca dos desdobramentos da Ação Penal n° 470; ela dizia que esperava que uma pessoa como eu, manifestante, preocupado com Causas Sociais, deveria ser o primeiro a aplaudir as condenações e prisões dos envolvidos no que a mídia batizou de 'Mensalão'. Em primeiro lugar, já há muita gente aplaudindo e comemorando, nas redes sociais e por toda a mídia. Como pensei na hora em que li a mensagem: "quer aplauso e comemoração? Liga no Jornal Nacional..." E, como penso por mim, prefiro me abster por conta de tanta denúncia pertinente brotando por todos os lados. Se for o caso, aplaudirei também, mas não agora, não é a hora, é - sim - hora de nos informarmos, de pensarmos e revermos nossos conceitos sobre o que esse julgamento representou. E também, hora de nos prepararmos para nos desculparmos por conta de tanta desinformação veiculada pelas redes sociais; muitos foram aqueles que se aproveitaram do momento para atacar violentamente os petistas e o próprio Partido dos Trabalhadores. Não se acanhem em se desculpar, caso o desenrolar dos fatos seja bem diferente do que gostariam. Eu o farei se a minha visão estiver equivocada.


Devemos levar em consideração que muitos são aqueles que estão, inocentes ou não, sob os efeitos de uma catarse coletiva intensa, pois - de uma certa forma - existe sim uma Vitória (da qual não discutirei os méritos agora) nos acontecimentos recentes; um sentimento de Glória, um êxtase primitivo originário da nossa percepção de que rico e político corrupto não vão para a cadeia, moldado através de milênios. Os exemplos são muitos, porém, não tomarei-lhes mais o tempo (a lista seria longa demais). Essa comoção de ver políticos indo para o xilindró nos toca a todos, com intensidades diferentes e formas diversas... E infelizmente, a muitos cega, quanto às falhas grotescas e prejudiciais para nossa sociedade, as quais estão pervesamente atreladas a decisão do Supremo Tribunal Federal.


Bem, respondi a ela e a todos respondo agora: depois de muito pensar, de muito observar e muito debater, o meu posicionamento, com clareza e discernimento que acredito ter alcançado distanciando-me do objeto de observação e (algum) estudo: eles erraram. Os Ministros do STF erraram e erraram feio, claro, foram induzidos ao erro, a meu ver, pelo Relator do processo e maciçamente pela mídia. Porém, não se preocupem, eles não foram eleitos com seus votos, não estão lá porque o povo assim quis, eles não nos representam. Fiquem tranqüilos.



Ainda que a mídia tenha tentado (vigorosamente, incutir em todos a idéia de um Salvador nos vingaria, apostando - principalmente - nos ânimos acirrados de uma parcela da população acostumada ao discurso midiático e extremamente propensa a pensar violências; contando com quão cansadas estão as pessoas, bombardeadas diariamente com noticiários de catástrofes e tragédias pessoais exploradas a exaustão), estávamos todos abertos à essa vinda de uma figura para nos salvar de toda essa corrupção, a eterna chaga de nosso país. Vale recordar que a figura do Ministro Joaquim Barbosa ganhou o imaginário popular na figura do "Cavaleiro", do "Paladino da Justiça" que nos livraria dos corruptos, um "super" Ministro e nos vimos todos aplaudindo uma pessoa que não estava fazendo mais do que o que deveria fazer, numa inversão de valores gritante e, para alguns, incômoda. "Isso aqui, ôô, é um pouquinho de Brasil, iáiá..."

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Como sabem, estudei Jornalismo e agora posso dizer-lhes, após analisar os discursos midiáticos, que pude notar claramente, as fórmulas utilizadas para incitar mais ódio numa fatia da população, as quais não demoraram a gerar postagens ofensivas pelas redes sociais, atacando com virulência o Partido dos Trabalhadores... E as respostas, não menos virulentas passaram a 'chover' pela internet. E fomos todos pegos no meio de uma discussão violenta, cujos interesses não representam o que o país realmente precisa agora. É necessário que paremos todos para pensar, analisar com sinceridade argumentos de ambos os lados em 'guerra' e a partir daí, formarmos nossas próprias opiniões, sem nos deixar levar por paixões rasteiras. Revendo, assim, nossos conceitos e nossas visões, muitas vezes tendenciosos e desonestos.


(todos sabemos que a mídia em nosso país está nas mãos de algumas famílias, 11 para ser mais preciso - Ah! 25% dos Senadores e cerca de 10% dos Deputados são concessionários de Rádios ou Tevês - as famílias: Marinho, Macedo, Abravanel, Civita, Carvalho, Saad, Dallevo, Queiroz, Mesquita, Sirotsky e Frias, decidem as informações que o povo brasileiro deve receber e quais não deve; tudo o que vemos, lemos e ouvimos na mídia, é definido por alguém representando uma dessas famílias e, acredite, no país da 'Lei de Gérson', soa inocente demais acreditar que nossos 'Barões da Mídia' realmente se interessam com Justiça Social e mesmo com o povo de seu país - a Ditadura em nosso passado recente é um bom exemplo do que estou falando - pois bem, como tantos, estão mais preocupados com seus bolsos e com as vidas cercadas de luxos e mimos com que estão acostumados. Pense! O vídeo abaixo, foi proibido de ser exibido na televisão brasileira no passado, mas a internet garante a liberdade de informação, então, vale a pena assistir.)




Voltando ao assunto... Na faculdade, aprendemos a tratar as notícias, buscamos assimilar até mesmo o peso (negativo ou positivo) de uma palavra. Por exemplo, recentemente fomos informados de protestos na França e chega a ser espantoso acompanhar o tratamento dado - pela mesma emissora (dos Marinho) ao fato e às manifestações em nosso país - na terra do brioche e da Torre Eiffel, tratava-se de "manifestantes que atearam fogo em 300 carros", enquanto no País do Futebol e da Bunda: "vândalos queimaram três ônibus". Pode não parecer muito, mas já dá uma bela idéia do peso difenciado das palavras "manifestantes" e "vândalos'. Dito isso, compreende-se a diferença entre formação de "quadrilha" e formação de "cartel".




Tenho notado em toda mídia, com o devido destaque à Rede Globo (Marinho) e à Revista Veja (Civita), manipulações na forma com que abordam as notícias relevantes a dois partidos políticos, o PT e o PSDB, mas utilizarei o episódio da demissão da Jornalista Marilene Felinto, da Folha de São Paulo (Frias), que é bem esclarecedor do que tento explicar. Após perceber a forma tendenciosa com a qual artigos e mesmo fotos de Luís Inácio da Silva, o 'Lula' e de José Serra, eram manipulados pelo jornal, alertou os leitores sobre o que estava acontecendo, explicou-lhes - numa breve aula de edição - como se escolhiam as melhores fotografias de Serra e as situavam em áreas especiais das páginas, de modo a incutir na mente do leitor, sentimentos positivos em relação ao candidato Tucano, em detrimento de seu nêmesis que ganhava sempre as piores posições, reforçando imagens negativas dissimuladamente. Aproveito para fazer uma breve propaganda do blog da Jornalista Marilene Felinto, muito bom, com assuntos muito interessantes, vale a pena acompanhar, chama-se - acertadamente - 'Mídia faz mal' (http://midiafazmal.wordpress.com/).


Tendo compreendido o que escrevi, tenha sempre em mente que é uma visão distanciada, fria e imparcial do que pude acompanhar. Lógico, não sou melhor nem pior do que ninguém, sou um ser-humano falível, passível a erros como qualquer outro, mas antes de me crucificar, tente me compreender e se estou errado nas minhas análises, esclareça-me, sem ofensas, sem agressividade, apenas converse comigo.


O Partido dos Trabalhadores incomoda... E muito, principalmente as famílias que comandam a mídia e a tantas outras que sonham em, um dia fazer, parte de uma elite invejada e cheia de privilégios. Incomoda a ponto de criar um ranço escabroso, fomentado com preconceito e forjado em discursos viscerais e elitistas, onde o ódio é quase indisfarçável, assimo como invariavelemente, repugnantes. A Rede Globo, apesar de popularesca e hegemônica, detém entre seus telespectadores, todas as classes sociais e em especial, uma parcela ruidosa, hierárquica e que vem bebendo com goles cada vez mais desesperados, um fascismo antiquado, perigoso e a cada dia mais perceptível, a Classe Média; cansada de levar o Brasil nas costas, com inúmeros impostos e obrigações e que, apesar de conquistar um padrão de vida confortável até, quer cada vez mais para si, olhando apenas para seu próprio umbigo e só reclama quando são atingidos pela violência dos despossuídos e proscritos, daí, os brados pela adoção da Pena-de-Morte jorram por todos os lados. (já assisti o Jornalista Marcelo Rezende defender a extinção da Defensoria Pública! Bizarro isso, ainda mais vindo de uma pessoa que goza de certo prestígio, mas acompanhando seu programa na Rede Record - Macedo - percebo que ele se tornou uma paródia de si mesmo, dando mais valor a um humor pobre do que ao verdadeiro Jornalismo). Certa feita, assisti uma reportagem, onde uma senhora elegante, reclamava da falta de modos e do humilde vestuário dos novos passageiros de avião, pois com o aumento de renda do brasileiro, surgiu uma nova Classe Média, formada por pessoas mais jovens, com um nível mais alto de escolaridade (e dispostas a aumentá-lo), ou seja, mais pessoas tem acesso a bens de consumo que antes eram restritos a poucos. E esses poucos se apossaram, no passado, dessas benesses e acreditam que são os únicos que podem desfrutá-las.


Apesar de uma melhor escolaridade, o discernimento dessa nova Classe Média é pautado pelo que lê, vê e ouve na mídia, forjando suas argumentações no que lhes é permito saber e da forma com que interessam às 11 famílias informá-los - ou mesmo - manipulá-los. É notória essa sensação de desconforto com o Partido dos Trabalhadores e mais ainda, quando se trata do ex-Presidente, Lula. A figura de Luís Inácio da Silva parece causar uma certa revolta e asco delirantes, que se fundem entre o preconceito, reconhecido, contra o povo nordestino e as humildes classificações de um ex-Torneiro Mecânico. Lembro-me da época de sua eleição, muitos diziam que ele não sabia nem falar Português e "queimaria o filme" do país ao se encontrar com líderes mundiais, que era um analfabeto, entre outros adjetivos impublicáveis. Ou ainda: "Como você, Professor, pode votar em um analfabeto?" Só pude responder com outra pergunta: "O que os diplomados fizeram pela Educação?" Nem precisei falar em "Progressão Continuada".


Dito isso, creio que todos tenham uma noção de como esse ranço contra o ex-Presidente e o partido que ajudou a criar, o PT, foram sendo incentivados. Mas, a Rede Globo não é a causadora única desse embuste que jogou brasileiros contra brasileiros, o papel da Revista Veja é deveras importante no caso. Facilmente encontrada em consultórios médicos e odontológicos do país, serve diretamente aquele grupo de pessoas que gosta de se dizer 'antenado' com o Brasil e o mundo, sem desconfiar das posições da publicação, que geralmente, me fazem pensar na ultra-Direita. Trata-se de uma publicação mais 'intelectualizada' e virou padrão para afirmar que tal sujeito é inteligente ("ele lê a Veja"), numa cegueira vergonhosa que renegam a todo custo. Nas páginas da Veja, como na tela da Globo, o Partido dos Trabalhadores, apesar de todas as conquistas, é um inimigo do povo e da liberdade, principalmente da mídia, sendo que apesar de ataques muitas vezes desleais, o que seria "a forra", não vem! Não se revogam concessões, as publicações não são processadas, invalidando qualquer tese da possibilidade de uma "censura vermelha", muito pelo contrário. Existe sim uma total liberdade imprensa em nosso país e essa liberdade, por sua vez, acaba criando situações de pura irresponsabilidade. Iludidos pela mídia, esses brasileiros, se deixaram levar pelo ódio ao PT e a seus máximos expoentes, Lula, Dilma, Genoíno e Dirceu, os dois últimos condenados no midiático 'Mensalão'.


Chego agora ao ponto central, o que me fez escrever este texto... A condenação de políticos do partido...


Soube, através da amiga supra-citada, que pessoas estavam incomodadas com a minha visão dos fatos, então explicarei minha opinião da melhor forma possível. Eu sou favorável a prisão de envolvidos em casos de corrupção, sem dúvida, como qualquer pessoa com o mínimo de capacidade intelectual, mas não concordo em como se deu no julgamento da AP n° 470! Basearei minha explicação com o caso de José Dirceu, para mim, o mais emblemático de todos. Primeiro, acredito que Dirceu possa sim ser corrupto e 'quadrilheiro', entretanto, não posso afirmar, pois não existem provas! Sim, como bem lembrado pelo Jurista Ives Gandra (que teve acesso ao processo), não foram encontradas provas contra o ex-Ministro da Casa Civil de Lula, fazendo com que os Ministros do Supremo, lançassem mão de uma teoria alemã chamada 'Domínio de Fato' para condená-lo.

(a teoria afirma que a pessoa que mesmo não tendo praticado diretamente a ação, é autor e não mero partícipe, por ter decidido e ordenado sua prática a subordinado seu, o qual foi - efetivamente - o agente que - diretamente - praticou o crime em obediência ao autor. O mentor não é mero partícipe, uma vez que seu ato não se restringe a induzir ou instigar o agente infrator, pois havia relação hierárquica e de subordinação entre ambos e não de mera influência resistível. O Domínio de Fato foi criado em 1939 para punir crimes cometidos na Alemanha pelo Partido Nazista e consiste na aplicação de pena ao mandante de um crime, mas como autor e não partícipe do mesmo. Para que seja aplica, a teoria que foi desenvolvida em 1963 por Claus Roxin, é necessário que a pessoa que ocupa o topo de uma organização, emita a ordem de execução da infração e comande os agentes diretos e o o fato. Como desdobramento dessa teoria, se entende que uma pessoa que tenha autoridade imediata e direta a um agente, ou grupo de agentes que prega ilicitude, em situação ou contexto que tem conhecimento, ou necessariamente deveria tê-lo, ess autoridade poderia ser responsabilizada pela infração do mesmo modo que os autores imediatos. Tal entendimento se choca com o Princípio da Inocência, segundo o qual, todos são inocentes, até que se prove sua culpabilidade. O Domínio de Fato diz que, para que a autoria seja comprovada, basta a dedução lógica e a responsabilização objetiva, supervalorizando os indícios).

A Ministra Rosa Webber foi direta: "não tenho prova cabal contra o Dirceu, mas a literatura jurídica me permite..." Ora, apesar de tanta gente dizendo que existem provas sim, o uso da teoria, por si, desmonta tal afirmativa! É óbvio que não existem provas e sim, indícios! A Ministra nem precisava ter se pronunciado, mas ao fazê-lo, deixou clara a situação. Todos queremos que corruptos paguem por seus crimes, mas daí a condenar uma pessoa por conta de indícios e presunções fere o conceito de Justiça, trata-se, na melhor das hipóteses, de 'justiçamento'. Me perdoem, mas eu ainda acredito que para cercearmos a liberdade de outrem, devemos provar sua culpa, se não podemos: "in dubio, pro reo". Na dúvida, a favor do réu! E o que me incomoda é que nessa ânsia por Justiça, as pessoas abraçaram o justiçamento, ou seja, não importam os meios, o fim (a condenação/prisão) vale qualquer esforço e mesmo, passar por cima desse preceito que sempre fez parte das decisões do STF e é bem aí que a 'porca torce o rabo' e os incautos, os quais não conseguem enxergar a longo prazo, aplaudem o espetáculo da mídia sem se dar conta que comemoram a criação (com o precedente) de uma, nas palavras de Gandra, "insegurança jurídica monumental". Para explicar melhor: imagine que você tem pessoas que trabalham para você, uma dessas pessoas comete um crime e diz em depoimento (e só precisa de um!) que você (cidadão honesto, cumpridor dos seus deveres) sabia de tudo, que você era o mentor... Pela teoria do 'Domínio de Fato', não há a necessidade de provas contundentes e irrefutáveis, você é culpado! Você é o chefe daquela pessoa, logo, você sabe de tudo. Não é preciso muito esforço mental para entender a cilada que o Bino não percebeu, pois Pedro também aplaudia regozijando-se alucinadamente. Isso está claro, só não vê quem não quer... Abriu-se um incômodo precedente que, no futuro, poderá ser utilizado até contra inocentes. Não perceber a perniciosidade de sentença empurrada goela abaixo do Brasil, é estar completamente alienado e cego diante a real situação e das manobras vexatórias de bastidores de uma política que só interessa a um setor da sociedade, aquela que detém os maiores benefícios e condições. Mas, claro, posso estar enganado, Ives Gandra pode estar enganado, ou como dizem os mais fanáticos anti-petistas, ele pode ter sido comprado para comprometer seus mais de 50 anos de Direito por favorecimentos econômicos defendendo Dirceu. Me perdoem, mas não posso compartilhar da mesma alegria de muitos, pois utilizar o Domínio de Fato abriu um precedente que terá reflexos futuros, aguardem. A melhor palavra agora é Irresponsabilidade. "É preciso, primeiro, provar a materialidade do crime, aquilo de que a pessoa é acusada tem de existir concretamente, não basta que a bruxa confesse que gostaria de ter matado o Papa, ou mesmo que matou o Papa, se o Papa está vivo, não há crime, o crime tem que ser material"  (Cesare Beccaria). Ah! Vale lembrar que a teoria do Domínio de Fato foi usada pela metade, pois deveria chegar ao ex-Presidente, Lula, o que não aconteceu, acredito, por conta da envergadura que sua figura política atingiu mundo afora. Essas falhas que hoje estão sendo veiculadas teriam sido expostas muito mais rápido se um Presidente estivesse no banco dos réus, com os olhos do mundo acompanhando avidamente o desenrolar do julgamento e a teoria seria atacada por entidades internacionais de imediato. Engana-se redondamente aquele que acredita que Dirceu e Genoíno estão pagando pela liberdade do ex-Presidente, que aceitaram ser condenados e presos para garantir-lhe a liberdade. A verdade é uma só: faltaram culhões para indiciar Lula no processo.




A Vitória (como abordei rapidamente antes) deve-se a mudança de paradigma, isso é positivo, o brasileiro precisava ver que ricos e políticos vão para a prisão, pois antes, a sensação de impunidade só crescia (nem vou falar do Maluf, mas creio que já entenderam o recado). Infelizmente, essa vitória deve ser escrita com "v" minúsculo mesmo, pois a forma como foi conquistada é, no mínimo, vexatória e apenas serviu para expor o pior de muita gente "boa", de muita gente "justa".


Agora, guardem este número: 2.000. Sim, 2.000 % foi o aumento de filiados ao Partido dos Trabalhadores após as prisões do último final-de-semana. O tiro saiu pela culatra; toda a tentativa de abalar o partido da atual Presidente da República não deu tão certo quanto gostariam os interessados em fazer o povo acreditar que prender sem provas seria uma boa idéia. A Rede Globo, que tanto destaque deu ao julgamento, que garantiu emprego ao filho do Relator do processo em um dos seus programas semanais, viu-se obrigada a ler uma nota pública assinada por Juristas e Intelectuais de renome, Políticos e Artistas, que atacam o que já se dizia à boca miúda há algum tempo, um processo repleto de erros tão comprometedores, que comprometem o Ministro Joaquim Barbosa, sua competência e boa-fé frente dos trabalhos. Divulgar a nota, ao invés de parecer por obrigação jornalística, certamente foi (não tenho certeza, mas parece ter sido) uma manobra para salvaguardar a emissora dos irmãos Marinho e jogar a culpa em Barbosa, que - me parece - um novo Collor (lembrem que ele foi alçado ao cargo mais alto de nosso país, em grande parte pela alcunha de 'Caçador de Marajás' conferida pela emissora), o 'Caçador de Corruptos' dos dias de hoje, um 'Salvador da Pátria' (parodiando novela da "Vênus Platinada"). Com o acesso que as pessoas tem (com a internet) hoje em dia, logo surgiram vídeos e textos atentando para as falhas do processo... E temos agora, o caso Pizzolato.


Bem, tenho a impressão de que o PT foi preparando uma 'cama-de-gato' no Presidente do Supremo... Pode parecer uma teoria amalucada, mas acompanhem para ver se não faz algum sentido. Ao perceberem que a situação estava muito difícil, com a decisão dos Ministros cada vez mais voltada a condenação dos envolvidos e aproveitando da dupla nacionalidade de Henrique Pizzolato (ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil e figura nevrálgica no processo), que chamam de "o homem do PT dentro de Instituição Pública", os réus contavam com a fuga do ítalo/brasileiro para a Itália, onde seria difícil para o país conseguir a sua extradição, ainda mais após o caso Battisti (quando Lula recusou-se a extraditar o italiano condenado por crimes naquele país). Pizzolado deixou o país, cerca de 45 dias antes de expedidos os mandados de prisão aos 'mensaleiros'. O governo italiano afirmou que ele é cidadão-livre no país e só tomará providência quando houver um pedido de extradição, que só será apresentado quando descobrirem o paradeiro dele na 'Bota'. Traduzindo, ele terá tempo de se preparar para uma nova batalha judicial, mas desta vez, no país da Azzurra. Se Pizzolato, que afirma ter documentos para corroborar seus clamores por inocência, o que, se confirmado, pode acabar com todo o processo do 'Mensalão', for absolvido na Europa, o STF e - principalmente - Barbosa, estarão em maus-lençóis; a carreira do Ministro será jogada na lama. Os fatos revelados recentemente atestam que o Presidente ignorou provas que inocentariam o réu/condenado, acreditando que a ladainha de total amplitude de defesa alardeada pela mídia, serviria para calar os detratores do que já vem sendo chamado de 'Mentirão'.


Acredito que o tempo nos dirá se o 'Mensalão' existiu de fato e se não passou apenas de um golpe contra um partido que há 11 anos governa o país e ao que tudo indica, ampliará essa temporada no poder, para desespero da Direita raivosa e dos Derrotistas rancorosos. O que fica, por enquanto é a falsa percepção de que a Justiça foi feita; falsa e frágil, ao que tudo indica. E bem, com a mudança de discurso observável na mídia, preocupada com os efeitos do tiro pela culatra, se o pior (para os golpistas - sim, golpistas) acontecer, deixarão a batata que já está sendo assada, nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, para que caia vítima solitária do circo que ergueu com ajuda de grande parte da mídia.


Deixo aqui, também, a opinião de quem sabe muito mais do que eu (vale muito a pena assistir até o final):




p.s.: peço encarecidas desculpas se o texto não estiver muito claro e por possíveis e eventuais equívocos gramaticais. Quaisquer dúvidas, entre em contato.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Revolta nos Sofás


Cidadãos; é desalentador perceber que as pessoas ainda acreditam piamente no inócuo 'Protesto de Sofá' ou na ineficaz 'Manifestação de Internet' (se pelo menos fossem "hacktivistas"...); são reclamões de todas as espécies, esperando que - ao espalhar sua indignação na rede - induzirão outros a lutar por eles, que alguém resolva agir. Todo mundo indignado, mas fazer algo fora da zona de conforto, nem por decreto. Aliás, é triste ver tanta gente acreditando, também, no tal do protesto pacífico, aquele em que as pessoas saem com cartolinas, gritando palavras de ordem e posando para as câmaras de tevê ("que filmavam tudo ali") e fecham os olhos, não apenas para a total falta de resposta dos órgãos competentes, como também a incongruência gritante de ter o direito ao protesto garantido, e até elogiado pelos governantes, desde que seja ordeiro e nas calçadas, parar o trânsito nem pensar! Já é vandalismo! Porque fere o direito de ir e vir, daí, bomba no manifestante incauto.




Sinto muito, mas não é assim que acontece. As pessoas tem a faca e o queijo na mão e delegam a terceiros as atitudes mais incisivas. É incrível, todos os dias, ao acessar o fêissibuque, me deparo com reclamações e indignações de todos os tipos, todo mundo está indignado com alguma coisa, o que me dá o direito de indignar-me com esses indignadinhos, que apontam mal-feitos, gritam, esperneiam, mas que não fazem nada além disso. Reclamam dos políticos, mas não vão à Câmara Municipal cobrar seus representantes e no caso de nossa cidade, chega a soar patético, pois dos indignados, somente uma meia dúzia, da qual faço parte, está naquela Casa de Leis, toda Segunda-feira. As pessoas não entendem ou não querem entender (para não evidenciar sua inércia irresponsável), que protestos inócuos só geram risadas em nossos políticos.


Agora, o que vem me chamando a atenção são os crescentes ataques aos Black Blocs e suas táticas de ação direta. Há algum tempo surgiram boatos de que eles fazem parte de um golpe da Direita, para desestabilizar o Governo Federal e os petistas acabaram acreditando, inclusive afirmando categoricamente que os mesmos se esqueceram do Alckmin, sendo que inúmeras manifestações "Fora Alckmin" contaram com a presença maciça desses jovens. Um petista fanático me perguntou até por que eles estavam apoiando as manifestações contra o aumento do IPTU na cidade de São Paulo, o que é de uma inverdade grotesca, pois os protestos foram alardeados por toda a mídia como os únicos "pacíficos de fato"! No mínimo curioso, afinal, os Black Blocs estão mais próximos de um Marighella do que de um Erasmo Dias, como querem nos fazer pensar aqueles que abraçaram as mentiras da Direita, exatamente buscando relembrá-los dos "Anos de Chumbo" e atacarem cegamente os jovens envolvidos com o movimento. E como é estranho ver a Esquerda apelando para discurso de Veja, Globo e demais direitistas tão ensandecidos quanto saudosos, que são alguns dos alvos dos Black Blocs.


Pelo que vejo, esses tais Black Blocs podem ter lá seus defeitos, por isso desagradam a tantas pessoas, mas não se pode atacá-los por fazerem o que a maioria das pessoas sempre teve voltade, externar sua raiva, sua revolta com o descaso centenário da classe política brasileira. Estive conversando com a cuidadora da minha tia, em São Paulo no último final-de-semana e, de forma lúcida, me explicou os porquês dela ser favorável aos "ataques brutais dos encapuzados". Ela falou sobre tudo, desde a ineficiência e precariedade dos serviços prestados, da completa falta de tato dos funcionários das empresas e foi enfática a apoiar o revide a Polícia Militar do Estado de São Paulo, comentando passagens de sua vida em um bairro carente da metrópole paulistana; indignada, afirmou que em uma favela, você (ela, no caso), sente na pele o descaso daqueles que deveriam garantir-lhe Segurança. Com indignação nos olhos comentou que em favela, mesmo sendo uma senhora, ao dirigir-se para pedir informação a um policial, invariavelmente, não é atendida e a resposta limita-se a um seco, "não sei" e vi em seus olhos a revolta quando afirmou que "se fosse no Morumbi", nem preciso continuar, né? Sabemos que tudo seria bem diferente. Durante a fala lembrei-me dos famigerados "disparos acidentais", que nunca ocorrem em bairros de alto padrão, ou com pessoas de grande poder aquisitivo, coincidentemente. Voltando aos Black Blocs e seu enfrentamento com as forças repressoras, fica claro a desproporcionalidade das ações de ambos, evidenciado nas redes sociais, pois a mídia não mostra a brutalidade exacerbada dos cacetetes cantantes nas cabeças de mocinhas revoltadas, spray de pimenta e balas de borracha na própria mídia, a menos que seja em benefício próprio.


Com o surgimento da internet, acreditei que em nosso país, por conta das elevadas temperaturas e a alegria de viver de nosso povo, jamais nos sujeitaríamos a ser 'escravos' da rede mundial de computadores, que, na época, os MSNs da vida não teriam sucesso por aqui, pois nos agrada viver a vida intensamente, não trancados em nossos lares; mas eu estava redondamente enganado! As pessoas descobriram na internet, a possibilidade de aparentar estarem fazendo alguma coisa, como se o abstrato de suas idéias ganhasse uma concretude tão irrefutável quanto confortável. E seguimos nos refugiando em nossas casas, atacando a uns e outros, reclamando, BERRANDO, enquanto os governantes riem de abaixo-assinados (como no caso do Renan Calheiros), gargalham de nossa incapacidade de mobilização fora das redes, ou melhor, de levar essas mobilizações para fora das redes e tudo o que precisaram foi nos dividir e nos instigar a atacar uns aos outros. Em algumas ocasiões vemos pessoas que conseguem mobilizar tanto na internet quanto na rua, mas infelizmente, o efeito não é duradouro, pois muitos, ao perceberem que não estão conseguindo as reinvindicações serem atendidas, voltam ao marasmo da vidinha virtual e passam a criticar aqueles que levam a sua justa revolta para fora da telinha do monitor, como se estes fossem os causadores do mal que combatem.


Vivemos épocas estranhas, onde a forma da Direita de se manifestar e que só serve aos interesses das classes dominantes, é abraçada incondicionalmente pela Esquerda, perdida entre tantos movimentos apartidários e pulando de um lado para o outro, como se tivessem sido desligadas de sua natureza contestadora e revolucionária. Traduzindo: se acomodaram. Lembrando que a Direita esteve presente nas ruas e rechaçou a cor vermelha e bandeiras de partidos da Esquerda, aliás, o fizeram com todos os partidos, aproveitando-se da desconfiança e da repulsa que muitos brasileiros sentem com relação aos partidos políticos. Aliás, se quiserem carregar suas bandeiras vermelhas, só com escolta do Black Blocs, pois estes entendem os avanços inegáveis do Governo Federal em diminuir os flagelos que atingem mais de 16 milhões de brasileiros como nós, que foram esquecidos e explorados pela sanha direitista. Voltando: e como estão presos (muitos militantes da esquerda) a uma forma ultrapassada de pensar e (re) agir, se conformam com seus ataques inócuos contra a Direita e contra pessoas que, em sua maioria, estão muito próximos de pensamentos que os esquerdistas tinham no passado, mas que infelizmente não aceitam, talvez por não conseguir enxergar, talvez por inveja, mas certamente, embalados na inércia estúpida que aceitaram há algumas décadas. Não gostaram de serem 'rebaixados' em sua relevância, muito menos de serem lembrados como os novos reacionários de plantão. Assim fica difícil mesmo o país ir pra frente, pois esse é o legado da desunião que abraçaram com suas causas e visões partidárias de um pais multi-facetado. Cabe-lhes agora, despertar e correr atrás do bonde da História, pois estão ficando para trás.


Dia desses fiz uma enquete no fêissebuque. Era algo assim:

Pra achar que os Black Blocs estão por trás de um suposto golpe para derrubar o Governo Federal, ou você é:

1. Facilmente manipulável
2. Tem interesses obscuros
3. Acha que o Alckmin é Presidente do Brasil (e o Cabral é o vice)
4. Não tem acesso à internet
5. É burro de pai, mãe e parteira

Vamos falar da Tekpix?!


Cidadãos; gostaria de informar-lhes que apesar de nossos esforços (que não tem sido poucos), está realmente muito difícil ter acesso às assinaturas coletadas em uma campanha realizada por volta de maio de 2012, visando a impantação do 'Bilhete Único' em nossa cidade. Após relatos de pessoas frustradas com o fim que levou a campanha, que se sentem envergonhadas por terem participado com afinco da coleta das assinaturas e são, vira-e-mexe, cobradas nas ruas de Pinda (algumas dizem que até evitam estabelecimentos onde passaram, por sentirem-se incomodados com os questionamentos), decidi sair à caça dessas assinaturas, junto a outros interessados nesta idéia tão boa para os usuários do transporte coletivo em nosso município.


Segundo os envolvidos na campanha, inúmeras folhas de assinaturas foram entregues a um dos proponentes e houve muita boataria dando a entender, primeiro, que ele havia descartado as folhas e ao ser questionado sobre o fato de tratar-se de documentos, uma vez que contém os dados dos interessados na implantação do serviço, surgiu novo boato, dando conta de que ele teria queimado os abaixo-assinados, porém, rapidamente seus amigos vieram em seu socorro, avisando que, segundo o mesmo, as folhas estariam guardadas; infelizmente, para o rapaz, as dúvidas ainda pairam no ar, pois ele se recusa a nos entregar as folhas para que possamos dar início ao processo junto ao Ministério Público. Fui informado por uma das organizadoras da campanha, que o problema foi, que na hora de apresentar o abaixo-assinado, ninguém queria se comprometer e assinar a lista de proponentes, como medo de represálias. Rapidamente, ao serem notificados, os "Vs", se dispuseram a assinar e a entrar em contato com o MP, contudo, o rapaz não se pronuncia. Nem mesmo aos amigos. Não posso deixar de comentar que já ouvi, na boca miúda, que o projeto fôra abandonado após o responsável ter conseguido uma vaga na Prefeitura... Verdade? Não sei, mas numa cidade em que tanta gente responsabiliza o Prefeito por tudo, pode-se ter uma noção do que as pessoas imaginam, não é mesmo?


Estamos buscando os meios legais para conseguirmos dar continuidade no processo, mas nada indica que teremos êxito. Temos que contar com a boa-vontade do responsável.


Uma das formas utilizadas para despertar a atenção das pessoas às tais folhas de assinaturas desaparecidas, foram os 'memes' (como do ursinho abaixo) que circularam pelos grupos da cidade no fêissebuque e só conseguiram garantir um ataque sujobaixo e ineficiente à minha vida pessoal, obviamente por falta de argumentos. Felizmente, o ataque não surtiu o efeito desejado, pois além de evidenciar que nada sabem de minha vida, muita gente percebeu a tentativa sórdida em desmerecer-me para fugir de questionamentos incômodos sobre o paradeiro das folhas e dos porquês desta iniciativa ter sido esquecida. Atacar a vida pessoal de alguém para criar uma nuvem de fumaça sobre uma tentativa de buscar melhorias para a vida dos cidadãos, é parte de uma forma de manobra do pior da política, daquele tipo do qual já estamos cansados e enojados. Coisa de gente sem o devido pudor para lidar com pessoas realmente interessadas em fazer a vida dos munícipes melhor, principalmente quando o fazem sem buscar benefícios pessoais. Isso deve confundir alguns.


Bem, por enquanto, o que você acha de falar da Tekpix?!









Nota do Missivista: sairemos às ruas no próximo dia 15 e voltaremos com a campanha; faremos tudo de novo, pois acreditamos que não poderemos mesmo contar com as assinaturas já recolhidas. Esperamos a adesão de muitos munícipes e sairemos panfletanto a cidade, demonstrando o nosso interesse em agregar mais e mais pessoas para, conosco, fazer com que se obedeça a Lei (3.197/1996) em nossa cidade. Venha conosco no dia 15, vamos dar um basta a mais esse descaso, pois todos nós devemos obedecer as Leis, por que então alguns continuam a violá-la sem conseqüências?! Eu não acho isso justo... E você?


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Chega de Verdades!


Cidadãos; como iniciar um texto para jogar na cara das pessoas de nossa cidade, o que elas realmente precisam ser lembradas? Como encontrar as palavras certas, as mais fortes, incisivas e provocantes, para investir pesado contra tanta gente que não se importa com nada além de si mesmas e quando muito, os partidos políticos que defendem com unhas e dentes? Quais palavras poderiam ser usadas para realmente incomodar? Quais palavras poderiam soar-lhes insuportáveis e que pudessem fazê-los sentir vergonha do ridículo papel a que se prestam na ordem das coisas? Tarefa difícil - confesso - porém, a mais importante de todas!


O primeiro fato que me vem à mente, é que vocês merecem os políticos que tem! Vocês merecem ser deixados de lado por pessoas que só se aventuram na política para proveito próprio, para buscar vantagens, auto-promoção e ascenção social; vocês merecem colocar seus cabrestos invisíveis e votar sempre nas mesmas pessoas, numa reeleição "ad aeternum" inconseqüente e prejudicial ao próprio conceito de Democracia; Pindamonhangaba, a meu ver, há muito (há décadas) necessita de uma nova classe de políticos; de Homens e Mulheres honrados, realmente interessados em mudar os rumos da política feita por aqui. Contudo, infelizmente, não adianta! Vocês merecem todo o descaso deles, vocês merecem pagar impostos altos para bancar a vida de cada um deles e, não importa se eles fazem por merecer ou não, vocês tem que continuar aceitando, passivamente, da forma vergonhosa com que sempre fizeram. Vocês merecem ser enganados; de fato, creio que muitos até gostam, pois assim fica mais fácil aceitar seu papel inócuo e insignificante numa sociedade de imagens e hipocrisia. Vocês estão acostumados a serem ludibriados, que nem mais se importam quando o fazem na cara de vocês, como, por exemplo, levar nossa 'Casa de Leis' para longe do centro da cidade, com o único intuito de esvaziar as sessões e permitir-lhes brincar de fazer política, garantindo-lhes Paz para quaisquer medidas e votações.


Da primeira vez que os pindamonhangabenses foram às ruas para protestar - em Junho - confesso, me iludi; acreditei que uma nova juventude estava surgindo, acreditei que haviam jovens dispostos a deixar suas diferenças de lado, em nome de uma causa maior do que eles mesmos. Parecia-me que realmente haviam despertado como POVO. Mas NÃO! Eu estava - redondamente - enganado, pois nossa cidade está, infelizmente, muitíssimo bem-servida de indignados 'poser', cheios de palavras apenas, nada mais do que meras palavras, tão vazias quanto seus corações estão do Amor verdadeiro por nossa cidade. Jovens que só se preocupam em passar uma imagem distorcida de si mesmos aqui no fêissibuque. Só enganação, ainda que todo mundo seja 'perfeitinho' no fêisse, na realidade, estão presos aos piores preconceitos e a uma inércia infeliz, de uma pobreza de espírito tão grande quanto seus frágeis egos.


Por algum tempo, participei de um grupo de internautas que me pareciam legitimamente interessados (mesmo!) em assumir o papel de agentes da mudança que nosso município há muito necessita, entretanto, a a palavra 'engano' pode ser utilizada novamente aqui. É estranho que as pessoas só pensem em se pronunciar numa página da internet apenas para autarem como advogados de defesa de políticos ultrapassados, presos num passado que já não mais se sustenta, que acena com um futuro oco, esvaziado da verdadeira luta a pautar as ações de qualquer político digno e minimamente interessado pelo melhor para a população: o Bem comum. É triste constatar que a grande maioria das pessoas que conheci naquele grupo só pode ser descrita por uma palavra tão pequena quanto vexatória: 'Puxa-Sacos'. Todos interessados em tirar, para si, alguma vantagem, em tomar para si quaisquer lucros, não importando quão irrelevante e ainda fazer pose de bem-feitores, bonzinhos; são apenas os Arautos de um futuro feito passado. Revelo que me assustei com as atitudes desses 'puxa-sacos profissionais', todos eles são pessoas que enganam somente a si mesmas, ao buscar refúgio numa intelectualidade que não possuem; gente mais preocupada em 'vencer' uma discussão sem apresentar elementos que corroborem o que expressam, tão acostumadas que estão a pensar pequeno e a lidar com outros de poucos recursos para um debate de nível; essas pessoas não se dão ao luxo de, ao menos, ler argumentos contrários e verificar informações chega a ser um sonho para o bom debatedor, eles apenas ignoram e continuam em tresloucada gritaria, buscando convencer através do nada. E são tantas pessoas assim... Até desencantam aqueles que buscam verdadeiras soluções, que estão dispostas a atuas intensamente na melhora da vida de todos os munícipes. Sem contar que essa gente é negativa e está tão enraizada em 'puxa-saquismos' servis, de revirar o estômago; e eles tem amigos que os auxiliam a propagar ignorâncias e, ao pensar que estão ajudando, não percebem que estão apenas se afundando num lodaçal fétido e pútrido de falácias e hipocrisias que só testemunham contra eles mesmos. Pessoas arrogantes, alguns com 'Delírios Ditatoriais", mentirosos, pequenos e - acima de tudo - covardes, capazes até mesmo de atacar a vida pessoal de alguém quando lhes faltam argumentos, num espasmo ridículo de encontrar uma forma de não se sentirem diminuídos em sua insignificância. Gente incapaz de pensar a longo prazo, que clama por soluções imediatistas, sem considerar o que colherão no futuro, aliás, sem capacidade para entender o que poderão colher no futuro. Não dá nem pra dizer que usam cabrestos e sim, vendas!


Neste pequeno período de tempo em que venho atuando com amigos para tentar mudar esse quadro de puro descaso, me impressiona o fato de sermos atacados por pessoas que deveriam compreender e buscar união, para que passássemos a lutar juntos por uma Pindamonhangaba melhor para todos. Mas não, não o fazem, ao invés disso, sentem-se tão diminuídos por nossas ações (as quais, incessantemente os convidamos a participar!), que nem se importam em tentar compreendê-las, não se abrem ao diálogo saudável e tudo o que fazem é atacar bestialmente qualquer atitude que lhes escape a compreensão. Claro, vivemos num planeta onde a maioria das pessoas apenas visa lucros e benefícios pessoais e, a partir do momento, que se deparam com pessoas interessadas em ajudar o próximo, que se empenha em melhorar a cidade, sentem-se ameaçados e começam a expor toda a sua mediocridade nas ações e palavras mais reprováveis possíveis... E se dão ao luxo de acreditar que ninguém percebe a pequenos de suas almas, tão ensimesmados que não conseguiriam enxergar a verdade mesmo que ela dançasse nua em seus narizes.


Mas não posso parar, apesar - às vezes - de sentir vontade, apesar de sentir-me - mesmo com os poucos amigos a meu lado - sozinho, pois o povo que despertou, há muito voltou a dormir e a manter-se na segurança de seus protestos de sofá. Sinto que não posso mais parar, sinto a minha responsabilidade diante do quadro social que tanto contribuímos através dos anos, com nosso desinteresse irresponsável, doando as tintas com as quais os políticos fazem 'arte' (no pior sentido da palavra). Não, não posso parar, não posso nem me permitir cogitar tal hipótese, tenho que continuar acreditando no despertar dos filhos da Princesa, tenho que acreditar que logo eles voltarão às ruas para expor sua revolta legítima com esse modo arcaico de fazer política. Tenho que continuar acreditando que eles se cansarão de serem empalados em praça pública por causa da morosidade de seus raciocínios comprometidos pela falta de uso. Tenho que continuar acreditando que eu não vim ao mundo para ser mais um acomodado, pois esses já existem aos montes.


Tenho que continuar acreditando que vim para me aventurar a bancar as minhas próprias idéias e defendê-las perante o escárnio das hienas ensandecidas pelo poder.


Por essas e outras que sou um:




E chega de verdades por hoje!

Pausa


Quando eu for



Não fui quem era
Ao ser quem teria sido
Sendo ser feito de espera
Que seria ser favorecido


Não serei quem fôra
Ao vencer vã ilusão
Não fôra quem fui
Ao aceitar a tentação

Não era quem fui
Ou seria espera
Poderia ser  noite que rui
E sangue que congela.

Então;

Não sou quem fui
Quando era solidão
Não serei quem sou
Quando eu for imensidão...

DE VOLTA ÀS RUAS!


Cidadãos; no dia 15 de Novembro, o Brasil voltará às ruas em um grito uníssono contra a CORRUPÇÃO e, como entendemos que lucrar com impostos que não são mais cobrados pelo Governo Federal É corrupção, por termos sido ignorados em nossas reivindicações anteriores e pela promessa de Bilhete Único ter sido praticamente esquecida, os "Vs" voltarão às ruas em nossa Pindamonhangaba também. Pelas redes sociais, diversos setores já estão se mobilizando. Não podemos ficar de fora!


Chega dessa palhaçada! Chega de nos fazerem de bobos! Cansamos de não sermos ouvidos... Agora é a hora! Os usuários do transporte coletivo em nossa cidade estão discutindo com motoristas e cobradores (a culpa NÃO é deles, pois geralmente são explorados como o restante do povo) nos ônibus , conversando e se conscientizando da situação. Já tentamos de todas as formas e fizeram pouco de nós.


Que a LEI FEDERAL 12.860/2013 e a LEI MUNICIPAL N° 3.197 de 15/04/1996 (!) sejam RESPEITADAS! As Leis estão do nosso lado, são ignoradas e não fazemos nada! Se não cobrarmos, estaremos consentindo, compactuando com a corrupção e fadados a esse círculo vicioso de atraso, que pune os mais pobres e engorda os já ricos.


Lembrando que se nós desobedecemos a Lei, logo, arcamos com as conseqüências, no geral, pesadas; por que nós temos que obedecê-la; somos todos iguais perante a Lei ou alguns são mais iguais que outros?! Até quando vamos aceitar esse descaso?!





Participem, convidem familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos; é uma luta de todos, usuários ou não dos serviços de Transporte Coletivo! Clique no link abaixo e faça parte dessa família que busca mostrar aos governantes que ninguém está acima da Lei!