sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

CUMA É O NOME DELE?

Os mais populares nomes do Diabo no Brasil:



Aécio45

Alckmin

Aloysio-Nunes

Anamélia

Asmodeu

Azarape

Azazel

Belzebu

Bolsonaro

Cabrunco

Cão

Caiado

Capeta

Canhoto

Capa-Verde

Capeta

Capiroto

Chifrudo

Coisa-Ruim

Côxo

Cramulhão

Crinado

Crivella

Danado

Demo

Demônio

Diabo

Dos Quintos

Edir-Macedo

Eduardo-Cunha

Encardido

Espírito-de-Porco

Excomungado

Feliciano

FHC

Ferra-Brás

Fufuca

Gaguim

Gilmar-Mendes

Indesejado

Lá de baixo

Lobão

Lúcifer

Magno-Malta

Malafaia

Marum

Mefisto

Mefistófoles

Meirelles

Moreira-Franco

Moro

Ônyx

Pauderney

Pastor de Dízimo

Pastor Negro

Pé-de-Bode

Pé-Preto

Peneireiro

Príncipe, Rei ou Senhor das Trevas

Príncipe, Rei ou Senhor dos Infernos

Rabo-de-Seta

Ranheta

Renegado

Roger

Romero-Jucá

Russomano

Sarnento

Sarney

Satã

Satanás

Sete-peles

Shéridan

Temer

Tinhoso

Tranca-Rua

Trump

Zarapelho

Zezé-do-Pó

Wladmir-Costa





Se chegou até aqui, se benza.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

INFERNO?


Resolvi hoje expor algumas das entranhas do inferno no qual se transforma - escancaradamente - nosso Brasil brasileiro. Sim, esse país tão belo, cálido, hospitaleiro e faceiro, nosso mulato inzoneiro, querido por todos - brasileiros ou não - anda num flerte malandrinho com as paragens do Capiroto... E sem o menor medo de ser infeliz!

Muitos são os motivos para apontar, que a terra brasilis transformou-se numa continental sucursal do cafofo do 7 Peles e estes, já vem de muito tempo, porém - nos últimos anos - o processo retrocessivo desembestou e fomos notando que muita gente se fincou naquela máxima: "no Inferno, abrace o Capeta!" E no caso, era o Tinhoso que residia dentro de cada um de nós; ali, escondidinho, à espreita roçando as mãozinhas, com um sorriso estúpido nos lábios e com um filete de baba correndo ao queixo.

Talvez as muitas horas do Pé-Preto nas madrugadas televisivas, tenham instigado o Encardido a dar as caras, porque só assim para compreendermos um Brasil de 86,8% de Cristãos (166 milhões de brazucas), contar com 46% de canarinhos favoráveis à Pena-de-Morte, 87% favoráveis à redução da maioridade penal e, claro, sem contar uns 5 milhões de adoradores de torturador, mas estes estão mais para o pessoal dos mortos andarilhos da tevê, que só sabem gritar bolsomito e quando inquiridos, repetem á exaustão, meia dúzia de frases feitas ou seus mantras infernais: "mimimi" ou "chóla mais" e querendo comer nossos cérebros de qualquer jeito.

E tente trocar uma idéia, bater um lero, confabular com os endemoniados, sem a sagrada Constituição de São Ulisses... É o mesmo de fazer uma Invocação do Mal, porque o Ranheta vem que vem com tudo, cheio de poder e certeza, com toda a pompa e desagradabilidade afrontosa já conhecida e reconhecida até nos rincões mais esquecidos deste Brasilzão 'véio' sem 'portêra'.

Pra piorar, nunca, em hipótese alguma aponte dados e fatos da pura e celestial pesquisa - para corroborar sua opinião - tal atitude só atiça o Coisa-Ruim e, de imediato, começam os mais torpes e vis encanamentos malévolos: "Quero ver se algo acontecer com  sua mãe, seu pai, sua irmã (seu cachorro, pato, papagaio, coala e chinchila), você vai continuar com esse discurso".

Essa possessão coletiva chegou e - pelo visto - chegou pra ficar, tanto que o Sarnento aparece onde menos se espera, como no seio da família durante as festividades de fim-de-ano, nos bate-papos descompromissados com amigos, no bar, nas filas de bancos, nas salas-de-espera de hospitais... Mas principalmente nas redes sociais... Lá, o Dos Quintos dá as caras todos os dias, seja passando vergonha ao ser perguntado sobre economia, seja através de Cristão que mais parece soldado Romano que torturou, pregou e matou Jesus, o Cristo e... Perdoem-me a sacada, "prega" a tortura, a morte e a estupidez, dia-sim-dia-também.

E seguimos nessa toada, de observar nosso país nas mãos do Grão-Senhor Satanista e uma pá de demoninho gritando Bolsomito, nosso Cristão Anti-Cristo destes tempos diabólicos... O sedutor de crianças, jovens e adultos.

Não sei vocês, mas acredito que precisamos de um exorcismo coletivo que dure uns 100 anos (um recorde pra Record nenhuma botar defeito), porque a coisa 'tá feia por estas bandas, a temperatura não pára de subir, mas o pico se dará no próximo ano com a vindoura eleição.

Brasil 183°, país infernal, purgatório de violência e de caos.



Sim, acordei pessimista.

sábado, 16 de dezembro de 2017

V



1° de Janeiro de 2018

Boa noite, Brasil.

Permitam-me, em primeiro lugar, desculpar-me por esta interrupção; eu - assim como a grande maioria de vocês - aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do familiar, a tranqüilidade da repetição... Eu gosto disso como qualquer um...

Mas no espírito da comemoração (assim como normalmente naqueles importantes eventos do passado, geralmente associados a morte de alguém ou ao fim de alguma terrível e sangrenta batalha), eu gosto de um belo feriado. Então pensei em marcar este 1° de Janeiro - um dia de celebração, de renovação - sequestrando um tempinho de suas vidas diárias para nos sentarmos e batermos um papo.

Existem aqueles - claro - que não nos querem conversando e suspeito que neste momento, denunciam meu canal no YouTube, meus perfis no Facebook e Twitter, denunciam este blog e censores logo estarão a caminho. Por quê? Porque o governo pode usar a violência ao invés do diálogo. Porém, as palavras continuarão a manter seu poder; as palavras oferecem um significado e para aqueles que ouvem, a enunciação da Verdade!

E a Verdade é: há algo terrivelmente errado com nosso país.

Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. E onde você teria a liberdade de discordar, de pensar e falar como quiser, agora você tem censores e sistemas de vigilância coagindo sua conformidade, determinando sua submissão.

Como isso aconteceu? A quem culpar? Bem, certamente há aqueles mais responsáveis do que outros e eles serão responsabilizados, mas que seja dita a Verdade, se vocês estão procurando por culpados, vocês só precisam olhar no espelho...

Eu sei porque vocês querem votar nele, eu sei que vocês estão com medo! Insegurança, violência, criminalidade em alta sendo bombardeada diariamente em suas mentes... Há uma miríade de problemas sendo manipulados para corromper sua Razão e roubá-lo o senso-crítico.

O medo pegou o melhor de vocês e - em pânico - vocês abdicaram do pensar e se voltam agora para o Candidato do Medo, Jair Bolsonaro. Ele lhes promete ordem, ele lhes promete armas, ele lhes oferece a barbárie, a tortura; ele promete melhorar o país com meia dúzia de frases feitas. Ele promete que a minoria se curvará à maioria e recusando-se, desaparecerá; ele lhes promete um "Estado Cristão" e tudo o que exige de volta, é o seu silencioso e obediente consentimento.

Hoje, resolvi procurar um fim para este destempero; hoje, procuro lembrar este país o que foi esquecido.

Há 15 anos, um grande Cidadão ousou traçar rumos para sairmos da fome, do vira-latismo, da desigualdade e, marcá-los para sempre em nossas memórias. A esperança dele era lembrar a todos nós, que Honestidade, Justiça, Igualdade e Liberdade são mais do que palavras, são perspectivas.

Hoje, corruptos e exploradores do povo brasileiro, preocupados com a força desse grande Homem nos corações e mentes do nosso povo, promovem - com seus lacaios midiáticos - os mais injustos ataques contra ele, ataques disfarçados sob o manto da Lei; a mesma Lei que falha em alcançar os verdadeiros traidores do povo brasileiro e que muitas vezes, até os protege. Numa perseguição política jamais vista contra um Líder popular.

O Golpe de Estado custou caro e os exploradores sabem que se o grande Estadista voltar ao poder, milhões terão sido gastos em vão, por isso toda essa campanha para destruí-lo, destruir sua imagem, destruir o futuro do país e de todos os brasileiros.

Então, se vocês não viram nada, se vocês não sabem de nada, se os crimes daquele que deveria julgar com imparcialidade, que deveria defender nossa Constituição, permanecem desapercebidos por vocês, então eu sugiro que permitam que o 24 de Janeiro passe incólume.

Mas se você vê o que eu vejo, se você sente o que eu sinto e se você procura o que eu procuro, então eu te peço para ficar ao meu lado, em 23 dias a partir de hoje, em frente ao prédio do TRF-4, em Porto Alegre (RS)... E juntos, lhes daremos um 24 de Janeiro que jamais será esquecido!




quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A Carta de Valerie

"Eu sei que não tenho como convencê-lo de que isto não é mais um dos truques deles, mas não ligo, eu sou eu.

Meu nome é Valerie. Eu não acho que viverei muito mais e eu queria contar a alguém sobre a minha vida; esta é a única autobiografia que escreverei e, Deus! Eu estou escrevendo em papel higiênico.


Eu nasci em Nottingham, em 1985; não me lembro muito bem da minha infância, mas eu me lembro da chuva. Minha avó tinha uma fazenda e ela costumava me dizer que Deus estava na chuva.

Fui aprovada no exame para o curso secundário. Foi na escola que eu conheci a minha primeira namorada, o nome dela era Sarah. Foram seus pulsos, eles eram lindos. Achei que nos amaríamos para sempre. Me lembro do professor nos dizendo que era uma fase da adolescência e que as pessoas superavam. A Sarah superou. Eu não superei.

Em 2002 eu me apaixonei por uma garota chamada Christina. Naquele ano me abri com os meus pais. Não teria conseguido sem a Chris segurando minha mão. Meu pai nem olhou pra mim, ele me disse pra ir embora e nunca mais voltar. Minha mãe não me disse nada. Eu só contei a verdade a eles. Será que foi muito egoísmo? Nossa integridade é vendida por tão pouco, mas ela é tudo o que realmente temos. Ela é nosso último pedacinho, mas nele, nós somos livres.

Eu sempre soube o que eu queria fazer da minha vida. Em 2015 estrelei o meu primeiro filme, "Dunas de Sal". Foi o papel mais importante da minha vida, não por causa da minha carreira, mas porque foi lá que eu conheci a Ruth. Na primeira vez que nos beijamos, eu soube que nunca mais iria querer beijar outros lábios que não os dela.

Nos mudamos para um pequeno apartamento em Londres. Ela plantou Scarlet Carsons para mim na jardineira da janela e nosso apartamento sempre tinha cheiro de rosas. Aqueles foram os melhores anos da minha vida... Mas a guerra da América piorava a cada dia e com o tempo chegou à Londres. Depois disso não houve mais rosas... Para ninguém.


 Eu me lembro de quando o significado das palavras começou a mudar; como palavras incomuns como "colateral" e "rendição" ficaram assustadoras; enquanto outras como "Chama Nórdica" e "Artigos da Lealdade" ficaram poderosas. Eu me lembro de como "diferente" virou "perigoso"... Eu ainda não compreendo por que nos odeiam tanto. Levaram Ruth quando ela foi comprar comida. Eu nunca tinha chorado tanto na minha vida; não demorou muito pra virem atrás de mim.

Parece estranho que minha vida deverá terminar neste lugar horrível, mas por três anos houve rosas e eu não tive que prestar contas a ninguém.

Eu morrerei aqui. Cada pedacinho de mim vai morrer. Cada pedacinho; exceto um.. O da integridade.

Ela é pequena e frágil. É a única coisa no mundo que ainda vale a pena se ter. Jamais devemos perdê-la, vendê-la ou entregá-la; nunca devemos permitir que a tirem de nós.

Eu espero que, seja quem você for, escape deste lugar. Espero que o mundo mude, que a situação melhore.

Mas o que eu mais desejo é que você entenda o que eu quero dizer quando lhe digo que, mesmo que eu nunca conheça você, mesmo que eu nunca encontre com você, ria com você, chore com você ou beije você... Eu te amo. De todo o meu coração; eu te amo".




Valerie


Esta "carta" está no filme "V de Vingança" (um dos meus favoritos), o qual recomendo não apenas por ser muito bom (bem acima da média), mas também devido ao seu tom desconfortavelmente atual... E, de quebra, ficará muito mais fácil compreender a mensagem desta "carta".

Grande abraço.




terça-feira, 12 de dezembro de 2017

#OcupaPortoAlegre #OcupaTRF-4


Já tenho visto nas redes, no Whatsapp, muitas pessoas se preparando para estar em Porto Alegre no dia 24 de Janeiro... Acho bacana essa mobilização, porém, desta vez, pela gravidade do momento, os números de presentes deverão ser contados de hum milhão pra cima, é o mínimo.

Talvez, essa aceleração desmedida acerca do processo que envolve o ex-Presidente, seja apenas para confirmar o que todos - que ainda acreditam na Justiça - pensam que seria o mais justo: a derrubada da condenação de Lula pelo "juiz" Sergio Moro.

Se for o caso, vira uma festa inesquecível, se não, vixe, não quero nem pensar no que possa vir a acontecer, pois o povo está cansado de tanta injustiça, o povo está cansado dessas pessoas que já condenam o ex-Presidente há uns 30 anos - no mínimo - e que ficam dia-e-noite com postagens medíocres de falas montadas, de pedidos de prisão mesmo perante a total falta de provas contra o petista.

Agora é hora de PT, PCO, PSOL, PCdoB, UNE, CUT, MST, MTST, todos, se comprometerem a participar em peso. Que os partidos "fechem questão" e levem seus filiados, assim como os movimentos sociais... Quantos filiados tem o PT? E os demais partidos? Não dá para colocar mais de hum milhão de brasileiras e brasileiros em Porto Alegre? Claro que dá! Dá e é o mínimo a ser feito...
Quantos milhões de brasileiras e brasileiros estão com Lula neste momento crucial? Quantos esses partidos e movimentos conseguem deslocar até a capital gaúcha? Agora é uma questão de honra pra todo e qualquer pessoa que já utilizou uma camiseta vermelha, é questão de honra pra quem está nas redes postando vídeos de Che e Fidel... É questão de honra para todos que acreditam que a Justiça deve prevalecer, que se não há provas, não pode haver condenação.

É agora, meus caros, já temos a data, temos um tempo para nos agilizar e digo mais, é hora de parar o Brasil, esse julgamento tem que acontecer com o país paralisado. É Greve Geral, para que todo mundo posso se deslocar até Porto Alegre. E digo mais, uma Greve Geral de - no mínimo - dois dias, para que todos cheguem, participem e voltem sãos e salvos para suas cidades, suas casas.
Agora é a hora do povo, todos em Porto Alegre e Greve Geral, para mostrar aos governantes a força que eles fazem de conta que não fingem não conhecer.

Que os padeiros não trabalhem, que os lixeiros não saiam às ruas, que os porteiros não apareçam no trabalho, que os bancários não trabalhem, que os Trabalhadores e Trabalhadoras não batam cartão, que os frentistas cruzem os braços, que os motoristas quebrem as chaves, que os caixas de supermercados e atendentes de padarias se unam nessa greve, que as lojas não abram, que estudantes venham mostrar sua força, que beneficiários do Bolsa-Família participem em gratidão, que os homossexuais e prostitutas se levantem, que a secretária do Dentista e do Médico não trabalhem, que os negros venham e nos ensinem o que é resistência, que os funcionários do McDonald's não trabalhem, que os seguranças não trabalhem... Como na música de Raul Seixas, o dia em que a Terra parou, mas ao invés de não sair para o trabalho, as pessoas saiam para acompanhar o julgamento, para gritar bem alto contra a indiferença dos mais ricos, da classe média remediada, contra os pobres de direita, contra os estúpidos da bolsomicagem. Vamos lembrar a todo o país, que somos muitos, mas muitos mais do que imaginam! Que trabalhem apenas aqueles que lidam com vidas.

Mas para isso, é necessária muita força-de-vontade e comprometimento, pois o momento é realmente crucial para que possamos passar um recado a esse povo do andar de cima: "Somos muitos e não estamos gostando de suas mentiras, não é para isso que os pagamos e pagamos muito caro!" É o dia do Basta! É o dia de quem quer que a Verdade prevaleça acima dos interesses da mídia, acima dos interesses daqueles que gastaram/investiram milhões para dar um Golpe de Estado no país e vendê-lo - disfarçadamente - a países estrangeiros. Não a essa gente golpista, não a essa gente entreguista, não a essa gente mentirosa, NÃO! Basta!

Agora fica a cargo dos partidos e movimentos sociais supra-citados, a organização e fica por nossa conta a vontade de participar desse momento histórico, verdadeiramente histórico e que pode ser ainda maior, depende do comprometimento de todos nós. Esquerda, extrema-Esquerda, pessoas que querem o respeito à Constituição do nosso país, tem que dar as caras sim, tem que estar presente, é mais que um dever, é uma obrigação de quem quer um Brasil melhor. É uma obrigação pra todo e toda patriota de verdade! Não esse bando de gente sem-noção que se envergonha nas redes falando bobagens inenarráveis! Essa gente do patriotismo de goela, que não se pronunciam enquanto Temer, o Ilegítimo, aquele que essa gente colocou no poder.

Calados, já aceitamos demais, acompanhamos esse festival de horrores de um MP tresloucado, sem compromisso com a verdade e envolto em pesadas denúncias. Acabou esse tempo, é hora de nos levantarmos e mostrarmos que não é o povo que tem que temer o governo e sim, o governo é quem deve temer o povo!

Agora, muita gente vai falar em ir pra lá, pacificamente, vão reclamar dos jovens que utilizam as táticas Black Blocs - se estes surgirem - esses são nossos aliados, são eles que nos ajudam quando o bicho está pegando... E eles sempre vão preparados para resistir, vi muita gente que falava em protesto pacífico, descobrir que a Polícia ataca indiscriminadamente, sem provocação e pelo puro e simples prazer de 'brincar" de guerrinha, satisfazendo seu sadismo contra todos, inclusive Mulheres e crianças. Todo mundo que eu vejo reclamando deles nas redes, é gente que não participa pessoalmente, só vê pela mídia, sob a ótica da mídia... E mesmo as pessoas que atacam nossa grande mídia, passam a fazer coro com ela, no sentido de aumentar a violência contra esses jovens. Eles estão lá, não apenas para nos ajudar, mas para ajudar toda a sociedade, pois eles mantém a chama do MEDO do povo acesa no coração dos governantes, pois mostram que se o povo se organizar, a Polícia só nos para com armamentos letais. Pense muito antes de criticar esses jovens, pois me deparei com muita gente em Brasília, que depois do descontrole da Polícia, de ter apanhado, levado bala-de-borracha sem estar fazendo nada, transbordava em raiva e dizia que os jovens é que estavam certos, pois conseguiam resistir bravamente e dar um exemplo do que poderia acontecer se todos fôssemos preparados para o tratamento de sempre que a esquerda pode esperar da Polícia. E não é dos bons. Não tem 'selfie', não tem militar nos saudando batendo continência. Para eles, nós somos o inimigo a ser abatido, somos os vândalos (mesmo se nenhuma ato de vandalismo), somos os arruaceiros, os "vagabundos" (aliás, taí mais uma razão para uma Greve Geral, mostrar para essas pessoas quem é o Braço Forte da Economia do nosso país!).

Não sei vocês, mas acredito que é chegada a hora da ação, é chegada a hora da Desobediência Civil, é chegada a hora de mostrar ao país a nossa força, a nossa determinação e o nosso senso de Justiça. Que a grande mídia esteja lá, com seus repórteres desconhecidos, sem identificação nos microfones, como faz quando está entre pessoas que conhecem a história da grande mídia tapuia. É a hora de frearmos as intenções dessa ditadura do judiciário que se pretende estabelecer em nosso país.

Vamos Amigas e Amigos, vamos em peso, sejamos inexoráveis e determinados, nós podemos.

E aí, partidos de esquerda? E aí, movimentos sociais? É agora ou nunca. Estamos todos aguardando a confirmação da Invasão Vermelha a Porto Alegre.

Vamos mesmo? Em expressivos números continentais?

Vocês ainda tem força?

Esquerdistas, temos força?

#OcupaPortoAlegre #OcupaTRF-4

sábado, 9 de dezembro de 2017

EU QUERIA SER COXINHA



Sério, queria sim. Muito.

Queria ser uma pessoa que assiste a Rede Globo e admira o Jornalismo "imparcial" e democrático da emissora, que lê e assina a Veja, para o encanto de amigos que me chamariam de 'culto' e 'diferenciado'; uma pessoa que entra nas redes sociais pra mostrar aos manipulados e alienados petralhas, que Lula não fez nada além de roubar 300 milhões de Euros do povo brasileiro e de comprar metade do país em terras para seus filhos (um deles dono da Friboi, de uma Ferrari de ouro, de Búzios, Angra, de cinco ilhas, 23 mansões com privadas de ouro, 12 iates) e até de um túnel que liga São Bernardo à Brasília!

Eu poderia dizer - sem medo de ser feliz - que o ex-Presidente Lula, inventou a Luta de Classes para transformar este paraíso tropical em uma sucursal do inferno de tanta corrupção (acreditando que a mesma também é uma criação do PT e que se houve roubalheira em períodos anteriores, como na "'Revolução' de 64", era de futuros petistas disfarçados, que voltaram no tempo para deturpar a política brazuca em sua origem).

Queria ser coxinha poder entrar nas redes e fazer piadinhas com negros e dizer: "não sou racista não, tenho até um amigo que é 'moreninho'" e, claro, cheio de sinceridade legítima no músculo cardíaco.

Imagina, poder dizer que não existe machismo nem feminicídio em nosso país, que isso é tudo mimimi de Mulher da vida que - com certeza - chifrou o marido/noivo/namorado e que agora está tão somente pagando pelo que fez... E dizer isso sem peso na consciência.

Queria ser coxinha, ter votado no PSDB desde sempre e depois não ter a vergonha de apontar que o
problema do Brasil é a péssima Educação pública, aliás, poderia votar no PSDB e sair dizendo que não tenho bandido de estimação e que os tucanos são exemplos de homens de sucesso, que cresceram na vida por pura meritocracia, como muitos de seus eleitores. Poderia dizer a um miserável que não lhe daria nem 1 Real porque estaria estimulando a vagabundagem e que ele deveria tomar um banho e ir á luta, como eu fiz.

Queria ser coxinha para acreditar no discurso da Meritocracia à brasileira, onde não se enxerga que algumas pessoas saem em vantagem em relação as outras, fechando os olhos à realidade.
Queria afirmar que a política de cotas é a institucionalização do racismo em nosso país, que as minorias devem se curvar à maioria e que Mulher que anda de shortinho, sandália de salto alto, batom e unhas vermelhas está - sem dúvida - pedindo para ser estuprada e não me sentir o pior dos seres humanos por pensar assim. Acreditar que o lugar da Mulher é em casa cuidando dos filhos, esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque.

Queria ser coxinha pra encher a boca pra me dizer Cristão, enquanto apóio a tortura e a pena-de-morte e digo pra quem quiser ouvir que a Mulher não tem capacidade para decidir se aborta ou não... E, claro, que a minha opinião de macho é a que deve prevalecer, sempre. Queria ser coxinha pra poder ditar o que é uma família e ridicularizar, tripudiar outras concepções e citar a Bíblia em meus discursos de ódio. Queria dizer a plenos pulmões: Homem casa com Mulher e Mulher com Homem! Tudo o mais não passa de aberração! E claro, queria poder dizer que defendo a família brasileira enquanto traio a esposa com as mais variadas Mulheres (quem sabe até com Homens!), dou em cima das esposas de amigos e tenho 3 filhos com três ex-empregadas domésticas e não me importaria em jamais ter contato com esses filhos e até mandaria para outra cidade, dando dinheiro para que elas não aparecessem - nunca mais - na minha vida.

Queria ser coxinha para acreditar piamente na "Ideologia de Gênero", esse mal que os marxistas tentam espalhar pelo mundo, corrompendo nossas crianças na mais tenra infância... Imagina, poder calar a boca desses comunistas que estreitam seus olhos sobre nossos filhos e filhas para doutriná-los a negar sua essência de machos e princesas prendadas.

Queria ser coxinha pra ganhar mais do que preciso e ainda achar que é pouco e condenar programas
que dão sustento para o gado do PT e ainda chamaria de Bolsa-Esmola, pois seria esmola mesmo, pois o dinheiro que uma família teria para gastar durante um mês, seria o que eu gostaria num bar com amigos coxinhas que destratam o garçom ou criam falsa intimidade com eles, para - pelas costas - chamá-los de jumentos por votarem em Lula.

Queria apoiar Aécio Neves contra a corrupção desenfreada do único partido político corrupto do país, o PT e desqualificar filósofos renomados com a máxima: "chóla mais seu comunista vagabundo!" Queria ser coxinha pra poder dizer em alto e bom som: "Somos milhões de Cunhas!" sem o menor pudor, sem o menor embaraço pela minha triste condição.

Eu queria ser coxinha para gritar: BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO! E ser admirado por isso... Eu queria ser coxinha para acreditar que os problemas do Brasil serão resolvidos com meia-dúzia de frases feitas lançadas ao vento. Eu queria ser coxinha para ter entre meus amigos os racistas, os misóginos, os machistas, os fanáticos, os neo-nazistas ("WhitePardos") e fascistas e acreditar que posso votar em candidatos com os quais essa gente se identifica, mas me manter incólume, limpinho e cheiroso. E, de quebra, ser querido pelos coxinhas tapuias.

Eu queria ser coxinha para viver bem com o meu preconceito em relações as religiões de matriz africana.

Queria ir às ruas contra a corrupção sendo conduzido por corruptos e no meio deles, estender-lhes a mão e pedir para tirar selfies. Queria poder levar meus filhos às manifestações de "cidadãos de bens", mas sendo levados pela babá, devidamente uniformizada... Ah, como eu queria me vestir de verde e amarelo, com o símbolo da proba CBF no peito e entoar malemá o Hino Nacional enquanto bato continência aos Policiais da Tropa de Choque, dizendo a eles que eles tem mesmo que soltar a mamona na rapaziada que se veste de vermelho, mesmo no velho batuta que surge tentando "marxizar" nosso Natal. Ah, eu poderia me dizer patriota e silenciar enquanto vejo o entreguismo estabelecido e transferindo nossas riquezas para os estrangeiros, num vergonhoso silêncio sepulcral; queria ser coxinha para poder divulgar o plano de dominação global do comunismo mundial, escondido nas garrafas de Coca-Cola, no maço do Marlboro e no Santander.

Queria poder chamar Professores de vagabundos e os sem-terra de terroristas de Satã, aplaudir toda e qualquer violência contra ambos... E claro, com um sorriso estúpido nos lábios.

Queria poder dizer que Bolsonada é a solução para o Brasil, que o negócio é armar todos os cidadãos de bens do nosso país, para que possam combater o sentimento de insegurança pública com uma faixa vermelha na testa e calça camuflada ou, quem sabe, posando de Agente do FBI de filmes e seriados que assisto; queria a pena-de-morte, a redução da maioridade penal para 8 anos, pois só assim salvaríamos as futuras gerações.

Queria ser coxinha para falar mal da Educação Pública brasileira, mas não mover uma palha para cobrar respeito ao nosso dinheiro, mas sempre que estiver discutindo política, falar como se fosse a única pessoa do mundo a tomar alguma atitude; queria ser coxinha para defender o fim das escolas públicas e bradar sem medo de ser feliz: "Quer estudar? Pague! Não tem dinheiro? Vai trabalhar, vagabundo!" E estender esse pensamento à Saúde pública.

Queria ser como os coxinhas e pedir a volta da Ditadura Militar, o retorno a um período que acreditaria - de verdade - ter sido maravilhoso, onde não existia o menor traço de corrupção, muito menos tortura, assassinatos e desaparecimentos, no máximo umas unhazinhas arrancadas aqui e a ali; eu diria que isso não tem nada demais e que economizariam no esmalte e não me sentiria mal de dizer um absurdo desses!

Queria ser coxinha para citar o Filósofo do Zodíaco, Olavo de Carvalho sem medo de me sentir um b*sta; queria ser coxinha para - sem vergonha - ter apoiado um Golpe de Estado, ter sido utilizado como massa de manobra pelos os piores e mais sujos políticos do planeta e depois ter a pachorra de dizer que a culpa é dos petistas e que eles votaram no Temer.

Queria ser coxinha para dizer aos quatro ventos que o Juiz Sérgio Moro é o maior homem do Brasil,
digníssimo, capaz, um solitário guerreiro contra a corrupção e não me sentir um perfeito estúpido. Queria poder assistir ao depoimento de Tacla Durán, tapar os ouvidos e gritar que Moro é o Rei do Brasil, o terror dos corruptos e que o caso do Banestado é só mais uma das mentiras petistas. E sem me sentir infantil! Queria ser coxinha para lançar "comunista", "petralha", "gayzista", "vai pra Cuba" em discussões adultas e chamar os demais de pombos sem compreender que todo mundo já percebeu que no final das contas, sou eu que c*go no tabuleiro.



Queria ser coxinha para endeusar Lobão, Sheherazade e Roger e, sem ficar vermelho, dizer que são
nossos maiores intelectuais e fazer de conta que não entendo o perigo que realmente representam à já combalida Democracia do país e, claro, sem o menor traço de culpa. Queria ser coxinha para difundir postagens do MBL, Vem pra Rua - ou mesmo do finado Revoltados on Line com toda a pompa e circunstância, alardeando para o mundo, a importância desses grupos probos de pessoas tão abnegadas, que tanto amam nosso país e se preocupam com nosso povo mais sofrido e que lutam pelo trabalhador, sem passar atestado de ignomínia profunda.

Eu queria sim, ser um coxinha, pra falar todo esse infindável mar de barbaridades e ainda assim ser aceito pelo pessoal do andar de cima, ganhando mil likes a cada besteira proferida com ar solene. Eu queria ser coxinha para andar com gente que não consegue compreender a profundidade abissal das bobagens que diria e que me aplaudiriam efusivamente, cheios de orgulho.

Eu queria ser coxinha, mas - graças ao bom Deus - eu estudei e tive bons exemplos, em casa, do que é ser... HUMANO.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

"Justice League", minha crítica...



Há tempos venho pensando e re-pensando este textícolo acerca do filme "Justice League" (Liga da Justiça), lançado mês passado; assisti ao filme duas vezes no cinema e consegui uma cópia pirata de péssima qualidade para assistir novamente em casa. E foi o que fiz. Já assisti inúmeras vezes e a real impressão que me causa é que foi um desperdício gigantesco dos maiores Super-Heróis de Todos os Tempos.


Explico:

Infelizmente, o longa tão aguardado por fãs em todo o mundo, foi transformado num entretenimento um tanto infantilizado e até insosso e a culpa é das pessoas que não entenderam o que o Diretor Zack Snyder visionou e pressionaram os estúdios para uma mudança que deixasse o filme mais palatável para o pessoal que não gosta de usar o cérebro, que só quer consumir imagens e mais imagens.

Com o estupendo (para mim, o melhor filme de Super-Herói de Todos os Tempos) "Man of Steel" (Homem de Aço - 2013), Snyder acertou em cheio no que todo fã gostaria de ver; estava tudo lá, maravilhosamente distribuído em 143 minutos de um filme com todos os ingredientes para o sucesso.

A história e o heroísmo cativante do precursor Super-Herói, o encantamento que nos faz, fãs, desejar poder voar e ajudar os indefesos, tudo no lugar, com uma trilha sonora arrebatadora e imagens de encher os olhos... Não tenho medo de parecer bobo em dizer que foi um sonho de criança transformado em um filme para adultos que carregam dentro de si, a criança que um dia foram. Porém, houve quem se sentiu incomodado com as cenas de destruição, com os gritos das pessoas morrendo durante o ataque de Zod e seus soldados, tanto que até surgiram com uma expressão: "Destruction Porn"(destruição pornográfica, em tradução livre) e questionaram demasiadamente a mesma, como se não fosse o mínimo esperado de uma invasão alienígena em nosso planeta; vale lembrar a maravilhosa cena onde pessoas ao redor do globo, afetadas pelo poderio ameaçador da nave de Zod, fixavam seus olhos na tevê, exatamente como faríamos se uma espaçonava surgisse no céu em qualquer lugar do mundo. Esse senso de realidade foi estupendo. Guardem na memória esse assunto: "destruição", pois falarei sobre isso novamente ao abordar o filme "Justice League"...

Com "Batman vs Superman" (Batman contra Superman - 2016) pudemos perceber a influência das críticas negativas à destruição dando as caras, pois uma criatura monstruosa como o Apocalypse, assim como
nos quadrinhos, causaria estragos inenarráveis e numerosas baixas civis...

O filme, a meu ver, foi outra obra-de-arte, uma pérola, uma demonstração rara do talento de um Diretor que curte quadrinhos e que, nas telas, lhes deu uma visão madura, realista (ainda que se trate de um sujeito que voa e outro que se veste de morcego para combater o crime) e densa. Snyder nos trouxe um Batman amargurado, impotente diante de sua missão e da chegada de um ser tão poderoso. Porém, essa visão mais adulta, esbarrou em espectadores rasos, superficiais, incapazes de compreender o impacto emocional sobre o Morcego de Gotham quando Superman profere a frase "save Martha" e, tenho para mim, que o motivo real seja que ninguém nunca se tocou que os nomes das mães de ambos é Martha. Creio sim, que isso foi o que realmente incomodou e os fez perder a
sensibilidade necessária para compreender a carga emocional daquele momento, em que Batman se transformaria em um assassino a sangue-frio, como aquele que um dia matou seu pai e deu um tiro à queima-roupa no rosto de sua mãe. A importância da morte de sua mãe na sua "transformação" em um vigilante incansável, foi até retratada em um de seus sonhos, mas poucos compreenderam... E foi ali que se preparou o terreno para o diálogo que poupou a vida de Kal El. Foi a dica para compreendermos como a morte de sua mãe o abalou, isso de forma mais sutil, pois ao vermos uma pessoa fantasiada de morcego, temos uma noção de que o assassinato de seus pais o abalou, lógico.

"BvS", para mim, foi como se eu folheasse uma "Graphic Novel", pois se trata de uma obra-prima de rara sensibilidade, algo realmente para adultos, não para crianças folheando um simples 'gibizinho'. E residia aí, na minha opinião, a grandiosidade dos Super-Heróis da DC perante os carnavalescos personagens de sua rival. E foi aí que o visionário Snyder começou a perder a batalha contra a boçalidade.

Choveram críticas, injustas a meu ver, à sua obra e, tenho pra mim, que muitas dessas críticas vieram de incomodados fãs da editora rival, aliás, muitas das críticas mais negativas e pesadas, vieram de pessoas que idolatram quaisquer filmes da outra empresa, mesmo os ruins (que não são poucos), mas o pior ainda estava por vir, os responsáveis resolveram 'lapidar' as idéias de Snyder, resolveram 'aparar as arestas' e transformar a obra visionária do Diretor, em um filme mais "palatável" para os fãs de primeira viagem, para os infantilizados e principalmente para os "falsos fãs" que queriam filmes mais próximos dos sucessos da rival. Grande engano. Os filmes de Snyder traziam uma grandiloqüência fenomenal, que nos hipnotizava, não eram filmes "fast food" para o papai levar os pimpolhos e amiguinhos pra se esbaldar de comer, rir e esquecer o que viram. A grande prova de que esse não é o cinema de Zack Snyder, é que "BvS" é um filme que até hoje tem gente comentando. É um filme inesquecível, sempre haverá alguém para discutir a película.

Com "Justice League" veio a pressão sobre o Diretor, queriam um filme mais enxuto, curto, alegrinho, colorido e... Conseguiram, fizeram um filme que os fãs (a meu ver, da rival) queriam e descaracterizaram a visão de Snyder, que - pra mim - era/é grandiosa.



"Justice League" deveria ter sido pensado realmente como dois filmes ("part one, part two"), indiscutivelmente, era para ser a grande contribuição de Snyder aos filmes de Super-Heróis e, certamente, teria sido a chave para o sucesso. Os eventos dos três filmes estavam interligados, porém, houve uma ruptura estúpida em "Justice League" e seu corte broxante para qualquer fã sério de quadrinhos, gente que se acostumou a histórias longas, mini-séries mirabolantes... Aposto que Snyder não teria deixado de fora, a volta de Flash no tempo para alertar Bruce Wayne em "BvS", entre tantas e tantas coisas que hoje sabemos que foram cortadas do filme.

Podemos dizer que "Justice League" foi o filme que os "fãs" pediram, aqueles que adoram filmes dublados (nos quais esperam ouvir vozes de dubladores de desenhos animados), insossos, descartáveis, coisa de gente que não gosta de pensar, quer tudo mastigadinho e pronto... Por isso tenho a impressão que toda a pressão para esse tipo de filme veio mesmo de fãs da rival.

Porém-contudo-mastodaviaentretanto, "Justice League" ainda consegue ser um filme muito bom, mas é impossível não sentir que poderia ter sido muito mais, muito MAIOR e que - no fundo - pelo tamanho dos Super-Heróis retratados, esteve muito aquém, foi uma obra muito aquém do que Snyder poderia nos brindar, do que nossos Super-Heróis favoritos poderiam fazer... Queríamos todos ficar encantados. "Justice League" teve seus momentos, só poderia ter sido mais. Simples.

Ah, quase me esqueci, a questão da destruição que me referi anteriormente... Faltou destruição no
filme, mas faltou muita destruição, muita mesmo, exatamente para dar o ar de urgência da união de Super-Heróis para salvar o mundo, aliás, para dar uma impressão de "fim-de-mundo" para nós, seres-humanos, e justificar essa união dos maiores Super-Heróis de Todos os Tempos. E seria excitante poder ver nossos Super-Heróis prediletos enfrentando um exército de Pára-Demônios em batalhas longas e espetaculares, com a Wonder Woman esmagando os mesmos com seu poder no auge, Batman como estrategista, Flash literalmente atropelando e golpeando os invasores, Aquaman encarando fileiras desses soldados de Apokolips, distribuindo socos e "tridentadas" enquanto Cyborg nos mostra variações de suas armas contra os monstrengos de Steppenwolf... Em duas batalhas, na primeira Steppenwolf e os seus, acabam fugindo, na segunda, com Superman, vitória total.

A decisão de levar o filme para uma pequena e semi-abandondada área remota na Rússia, não ajudou em nada a dar uma dimensão do inferno na Terra que se aproximava. Por essas que não dá pra levar a sério o filme. Sim, por mim, a escolha do vilão foi acertada, principalmente se estivéssemos falando em um épico em duas partes. Seria demais fechar o primeiro filme com o Darkseid decidido a conquistar nosso planeta após a derrota de seu General. Seria fantástico o Darkseid jurando o kriptoniano.

E com Joss Whedon, muita coisa deveria ter sido proibida de acontecer, principalmente refilmagens
com Cavill de bigode, a cena inicial do filme me deu muita, mas muita vergonha, aquilo foi - no mínimo - ridículo, péssimo e, juro, de cara eu não reconheci o Cavill! O que fizeram foi horroroso.
É um filme muito bom, sim, porém era um filme para se tornar o maior épico dos filmes de Super-Heróis no cinema, algo para arrebatar fãs mundo afora, mas não, se limitaram a nos entregar um filme insosso, agradável, mas insosso. Assisti várias vezes, como já relatei, porém sempre fica a sensação de que poderia ter sido algo muito maior, grandioso e inesquecível; um filme à altura da DC Comics, um filme à altura de Zack Snyder, um filme à altura dos maiores Super-Heróis de Todos os Tempos. E não foi. E, pra piorar, me pareceu um filme feito às presas, "nas coxas", com cortes infelizes que reduziram demais o tamanho do longa... Há tantos anos nós, fãs, esperávamos por "Justice League", nós merecíamos seis horas de filme! Sim, seis horas, parte um e parte dois... E pelo que já vi do Diretor, era isso o que teríamos, uma overdose de emoções, de encantamento, não apenas "mais um filme", tinha que ser "O" filme, aquela obra para perdurar, para termos em nossas coleções que nos são tão caras.



Muitas também foram as reclamações acerca do vilão de "BvS", Lex Luthor e eu sempre tive para mim que as críticas eram prematuras e coisa de gente que não entendia a visão de Snyder; tratava-se de um vilão perigoso, o mal encarnado, insensível às mortes de milhares para provar seu ponto a Kal El e, claro, desequilibrado, mas que estava evoluindo ao Lex Luthor que conhecemos e que vimos na cena pós-créditos... Aliás, perdeu-se a oportunidade de criar uma trilogia "Justice League", a nossos Super-Heróis "overpower", enfrentando a liga de Luthor antes da  parte dois, da chegada de Darkseid à Terra. Seria algo gigantesco e arrebataria corações e mentes mundo afora. Sem sombra de dúvida.



Hoje, como centenas de milhares - talvez milhões - de fãs, espero que resolvam lançar a "Versão do
Diretor" para "Justice League" em Blue-Ray, para esquecermos esse filme "McDonald's" que nos entregaram e submergirmos na poderosa direção de Snyder. Mas, infelizmente, essa espera, esse sonho, tem tudo para não se realizar, para nossa infindável tristeza e sentimento de que não fomos respeitados, que fomos subestimados.

Para registro, confesso que gostei muito do Flash, embora não tenha gostado tanto da quantidade de
raios que o envolvem, mas isso é o de menos, pois sua participação foi espetacular e ele se tornou um belo alívio cômico; sua "luta" contra o Superman, bem, aquilo foi fora-de-série. Agora, sua corrida final, acabou ficando patética, ainda que eu entendi que ele estava se divertindo enquanto corria velozmente imitando patinadores, algo que muita gente não percebeu e rendeu comparação com a personagem Phoebe de "Friends" tentando correr ou fazer algo do tipo.

Não posso deixar de comentar que gostaria também de ter visto Kal El em seu uniforme preto, queria que ele o estivesse usando durante sua volta do mundo dos mortos e que a luta com os demais integrantes da Liga tivesse uma duração bem maior... Se com aqueles poucos minutos já nos extasiamos, imaginem com mais tempo na telona em 3D... Seria a realização dos sonhos de milhões de fãs mundo afora. Mas temos sempre que ter em mente que os fãs da DC, os verdadeiros fãs dos maiores Super-Heróis dos quadrinhos, são exigentes e fazer melhor não é tentar copiar o carnaval da rival. Aliás, deveriam ter esquecido daquela editora e seus filmes.

"Justice League" supriu nossa necessidade de assistir um filme dos maiores Super-Heróis de todos os tempos, porém, acabou nos deixando com uma vontade maior de assistir a um filme à altura desses Super-Heróis, que tanto nos encantam e há tanto tempo.

Se eu fosse o bilionário Bruce Wayne, abriria um produtora, compraria tudo o que Snyder precisaria
para rodar o filme - e o universo - que tinha em mente, contratar os atores e atrizes e dar-lhe carta branca para viajar. Sim, era isso que eu faria e faria questão de distribuir por todo o globo.

Não queria o filme que nos brindaram, queria o filme que merecemos e nesse quesito, fomos esquecidos.

Obrigado aos envolvidos por não nos trazerem "O" filme, ainda que estivessem com a faca e o queijo na mão... E só pra fechar, lembro que se fossem duas partes, na segunda poderíamos ter mais Super-Heróis na Liga. Quem sabe a nossa Tanagariana preferida, além de um Lantern? Quem sabe o Ajax? Que poderiam ser apresentados contra a equipe de Luthor... Ou mesmo que chegassem à Terra para ajudar os nossos Super-Heróis numa épica batalha final contra Darkseid e seus asseclas com todo o poderio dos exércitos de Apokolips, passando a integrar a equipe...

Ah, tanta coisa... Tanta coisa poderia ser feita e tenho certeza que Snyder conseguiria nos brindar com muita coisa boa, com sonhos tornados realidade.









Bem, de qualquer forma, obrigado Zack Snyder, nós - fãs - sabemos das pressões a que foi submetido e a tragédia que conseguiu - compreensivelmente - abalá-lo ao fim das filmagens. Esperamos, todos, que se recupere dessa dor e que volte a nos brindar com sua visão única e inspiradora, pois você ainda tem muito a doar a esse universo tão rico e tão carente de uma direção tão poderosa e sensível, tão certeira e que nos fez/faz sonhar. Grato.