sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Como tudo começou para mim

Cidadãos; há tempos penso em escrever este texto sobre os motivos que me levaram a me levantar contra o atual sistema político em nosso país e o que é mais importante: deixar de lado aquele papinho sem noção de que "Política, Religião e Futebol não se discutem". Até concordo que não se discute futebol e religião, entretanto, a falta de discussão sobre Política é a verdadeira razão de vivermos num país onde a política mais rasteira e sem-vergonha é apresentada ao povo. Décadas de não-discussão geraram uma política podre, fisiológica, a ponto de muitas vezes ser confundida com o mais puro e simples banditismo ou gangsterismo. Percebo hoje que a grande crise que realmente nos assola é a Crise de Representatividade, as pessoas não se identificam com políticos e partidos, os primeiros, no senso-comum largamente difundido, são todos bandidos e os partidos são todos corruptos, mas se recusam a aceitar sua responsabilidade nesse tenebroso quadro e, o que é pior, desencorajam quaisquer pessoas que pensem em tentar mudar essa situação de penúria moral que assola o país.

O meu despertar deu-se numa madrugada, de quinta para sexta, enquanto conversa com dois amigos Luiz Karioka - https://www.facebook.com/profile.php?id=1141215244&fref=ts e Karina Lacorte - https://www.facebook.com/karina.lacorte?fref=ts) em um grupo de discussão do Facebook em 2013, no rastilho de pólvora que tomaria conta do Brasil. Eu ainda estava começando a acompanhar as manifestações em São Paulo, via algumas imagens fortes, alguns comentários estúpidos e tendenciosos lançados pela mídia para desmerecer os protestos, lembram? Pra quem não lembra, comecemos com a truculência verbal de Arnaldo Jabor, numa crítica ácida e completamente alienada sobre o tema: https://www.youtube.com/watch?v=luLzhtSYWC4... Assistiu? Sentiu asco? Se sentiu, parabéns, você é um ser-humano. Muitos seres-humanos se indignaram com o palavrório infeliz e imbecil de Jabor e vieram as críticas, fortes, pesadas e foi então que demonstrou-se covarde, pois falou o que falou na tevê, acusou, apontou o dedo, ofendeu, para depois não repetir a mesma hombridade na própria emissora, onde deveria se retratar, deixando para fazê-lo na Rádio CBN que não tem o mesmo peso de um Jornal da Gloebbels, ainda que seja da mesma organização. Claro, foi neste ponto também que se notou a possibilidade de utilizar esses jovens manifestantes como gado, voltando-os para manifestarem-se contra o Governo Federal, instigando uma nova e alienada "Direita" (entre aspas porque não são pessoas de Direita e sim do Senso-Comum, misturados com a mais suja extrema-direita tapuia) na "luta contra um Comunismo" que só existe em delírios espumantes de pessoas sem a menor condição de avaliar o próprio país e seu governo central; na resposta de Jabor, podemos perceber nitidamente essa tentativa de levar o povo contra Governo Federal, para criar instabilidade, lembrando-se ainda dos tempos de Collor, quando alguns até hoje vivem na ilusão de terem tido papel determinante na derrubada de um Presidente da República, escute a resposta covarde de Jabor: https://www.youtube.com/watch?v=lXZCXENNMD0 E lembre-se, na tevê, ele falou para milhões de brasileiros e muitos deles o veneram por conta de seus comentários 'neocon' que nada explicam, pois - no máximo - ele se oferece para se indignar sobre algum assunto com o telespectador, mas explicar direitinho, ah, isso nunca, né?

Esta imagem, talvez, traduza bem o que tento explicar com essa 'manobra' midiática:



Continuando com a máxima de Goebbels: https://www.youtube.com/watch?v=04XYSEl2ln4

Bem, voltando ao papo que estava tendo com meus dois amigos: um deles me enviou a foto da Jornalista Giuliana Vallone com o olho arrebentado por uma bala-de-borracha, foi automático e imediato o sentimento de repulsa e ódio que me atingiu, copiei a foto e a colei no meu perfil no brinquedo do Mr. Zuckerberg. Mesmo sendo Jornalista e Poeta, não consigo até hoje expressar a profusão de sentimentos que me acertou naquele momento, era um misto de raiva de vontade de fazer algo para mostrar que eu não era conivente com tamanha barbárie, digo 'barbárie' porque é inaceitável que a Polícia ataque Jornalistas, a menos que se considere normal proibir a divulgação da truculência policial.


Não sei a idade de Giuliana na época, talvez estivesse com uns vinte e hum anos, uma criança ainda, uma criança que batalha em sua profissão e, de repente, uma das pessoas que deveriam zelar pela população acha correto mirar uma arma contra o rosto de uma criança e disparar. Como uma pessoa dessas pode atuar para nos dar segurança? E se fosse com a sua filha? E se fosse com a filha de outro policial? Do Governador?



Assista a entrevista concedida por Giuliana no hospital:


Vamos passar rapidinho pela declaração estapafúrdia e mentirosa do Coronel da Polícia Militar, Reynaldo Simões Rossi: "Não houve nenhum interesse em impedir a cobertura jornalística". Não?! E isso aqui é o quê? https://www.youtube.com/watch?v=yk0P86zEjhY Talvez o Coronel NÃO tenha a obediência de seus comandados. Lamentável. E olha que até quem estava em apartamentos não estava seguro com a Polícia de Alckmin, vejam esse absurdo: https://www.youtube.com/watch?v=iMIhtUf7tGk

Vale lembrar que além de Giuliana, mais 14 Jornalistas foram atingidos naquelas manifestações, o total nunca saberemos, pois tinha muito jovem filmando as ações, de outras mídias, porém vários foram covardemente atingidos no rosto. Lembro que fui convidado por um amigo a ir para São Paulo acompanhar as manifestações e, sem pensar, disse: "Vou preparar um colete fosforescente escrito: IMPRENSA bem grandão..." e ele: "Flavio, daí você vai é virar alvo!" Rimos muito, porém era uma daquelas verdades que doem.

Muitas são as pessoas que afirmam que o Estado de São Paulo, na mão dos tucanos, tornou-se um Estado Fascista, brincadeiras como a da figura abaixo pipocam pela internet, memes de Geraldo Alckmin como Adolf Hitler também podem ser facilmente encontrados. 



E o que pensar? Afinal, trata-se de um Governador acostumado a lidar com conflitos na base do confronto... Explico melhor: num conflito, esperamos o diálogo, a sujeição aos argumentos na construção de um diálogo edificante, buscando o melhor de cada visão, já no confronto, se busca aniquilar o outro e bem, é o isso o que falta acontecer: 'aniquilar'. Alguém lembra do Caso Pinheirinho? Dos abusos policiais? Da violência exacerbada? Não lembra? Aqui está então: 


Diz-se que até EMPALAMENTOS aconteceram! Sabe o que é "empalamento"? Não? E prática comum do Conde Vlad Tepes III contra seus prisioneiros na guerra contra os turcos Muçulmanos, na representação abaixo fomos poupados, pois a lança é introduzida no ânus do prisioneiro, saindo pela boca. No Pinheirinho foram introduzidos no ânus de alguns, mas sem fazer o percurso até a boca.




(O que dizer dessas pessoas? Quem é que se furta a posicionar-se contra essa covardia bestial? E agora, vocês podem me dizer de quem era o terreno ocupado pelas famílias? Aposto que não, então, vamos lá: Naji Nahas, lembra dele? Não? Continuemos: http://www.econ.puc-rio.br/uploads/adm/trabalhos/files/Ana_Eugenie_Icarahy_de_Thuin.pdf)

Conte Lopes, ex-Capitão da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) já dizia que a "Tropa de Choque não dialoga", então, pra que utilizá-la, principalmente em tarefas inglórias e que maculam a corporação a jogando contra a população?

Sempre vejo pessoas criticando países comunistas/socialistas onde se enxerga algum tipo de repressão, "É Ditadura!" bradam muitos, mas na hora de lembrar que se deveria gritar o mesmo para o Governador do Estado de São Paulo, calam-se-se. Ora, se a prática de calar Jornalistas é comum em países 'vermelhos', de ditadores, como não afirmar que muita gente o considera um Ditador e, pior, violento? Hoje, tenho a impressão de que esse foi o objetivo, transformar os jovens em gado atucanado contra a Presidência do país e até deu certo, afinal, com tamanha violência e brutalidade, logo o país pegou fogo e as manifestações se agigantaram e o que se viu, foi uma massa enorme de jovens cobrando do Governo Federal o que deveriam cobrar de seus Prefeitos e Governadores. Sério, já vi gente reclamando da Dilma que teria elevado o IPTU em uma cidade! E o que dizer de tanta gente que não compreende o conceito de uma República Federativa? De 2013 pra cá tenho notado que a maioria ainda não entende! E olha que muitas dessas pessoas são inteligentes e até me assustam com tamanha falta de compreensão. E a mensagem secreta da liberação de catracas, de Policiais Amigos e gente extasiada com os mesmos, tirando selfies alucinadamente? O povo está com os militares... E adivinha contra quem? Então, dessa forma, as pessoas aceitam até o que consideram errado de seu representante, afinal: http://www.ilaese.org.br/wp-content/uploads/2012/10/texto-sobre-educa%C3%A7%C3%A3o-em-S%C3%A3o-Paulo-2011.pdf. Não dá para acreditar tais números em um Estado onde muita gente fala muito sobre a importância da Educação de qualidade, mas que aceita qualquer coisa feita por seu governante. Não importa. Nada importa.

"A educação participa na vida e no crescimento da sociedade, tanto no seu destino exterior como na sua estruturação interna e desenvolvimento espiritual; e, uma vez que o desenvolvimento social depende da consciência dos valores que regem a vida humana, a história da educação está essencialmente condicionada pelos valores válidos para cada sociedade."

(JAEGER, 1994, p. 05).

Pois bem, ao mesmo tempo em que conversava com meus amigos, criei um evento no Facebook para uma manifestação contra a violência policial contra manifestantes pacíficos, as imagens de jovens, senhores de idade e Mulheres sentando-se no chão e gritando "Sem violência!" enquanto a polícia atacava com balas-de-borracha e bombas (de gás lacrimogênio e de efeito moral) eram demais revoltantes, impedindo que eu me furtasse a externar meu repúdio. Que fique claro que a idéia surgiu de nós três. O evento "Geraldo Alckmin, Pinda tem VERGONHA de você!" rapidamente atraiu inúmeros jovens, todos inconformados com o absurdo das violentas intervenções da PM paulista. As confirmações começaram a pipocar quase que imediatamente e no dia combinado, a Praça Monsenhor Marcondes, foi tomada por centenas de pessoas, de todas as idades, unidas por uma idéia comum. Naquele momento, deixávamos de lado nossas diferenças, estávamos todos juntos por um ideal, demonstrar nosso repúdio à violência assustadora que no chegava com imagens fortes e tristes.

Por exemplo:


E essa?



Não lembra essa?




Agora o mais triste, preparem-se, cenas fortes: https://www.youtube.com/watch?v=kxPNQDFcR0U. Simplesmente? Decepcionante, porém, previsível.


Eu e meus amigos conversávamos com os presentes, explicávamos a situação de forma mais aprofundada, concedíamos entrevistas para órgãos da mídia e, ao mesmo, tempo ajudávamos na confecção de cartazes e ficávamos de olho nos presentes para que ninguém fizesse alguma besteira e pusesse tudo a perder. Confesso que foi um dos dias mais 'nervosos' de minha vida, pois eu já tinhas meus 40 anos e haviam muitos adolescentes participando e nada poderia dar errado, afinal, o meu nome estava lá como criador do evento. Quando tinha o megafone em mãos, eu até me restringia muito para falar, pois não era a minha idéia ser a voz dos presentes, eu queria mesmo era que todos falassem, puxava o Hino Nacional e passava o megafone para quem estivesse mais próximo (até hoje tem gente que pensa que nem sei cantar nosso hino! Ehe, é que não sabem que sou do tempo em que se cantava o hino todos os dias antes de entrar na sala-de-aula!). Eu não me via em um papel de liderança, estava mais preocupado em garantir que não tivéssemos casos de vandalismo, de confrontação com a Polícia. Estávamos tão preocupados que postamos dicas do que fazer se alguém começasse a promover quebra-quebra ou agir com violência (lembra daquele papo de sentar-se para que a Polícia identifique o 'errado'? Então, era isso. Tínhamos medo da violência policial, alguém me disse que a Polícia não poderia bater em quem estivesse enrolado numa bandeira do Brasil e lá estava eu usando uma como uma espécie de capa, claro. Ah, também fizemos a besteira de afirmar que nosso movimento era apartidário e hoje entendemos o erro dessa prerrogativa, devíamos ter focado em "Movimento Progressista", ou seja, você pode ser de qualquer partido, levar sua bandeira, o que interessa é estarmos juntos, unidos por um ideal comum, é deixar de lado as rusgas partidárias porque nosso país é muito maior que partidos políticos.

Nossa idéia central era marcarmos presença na praça, entretanto, alguns jovens decidiram ir à Prefeitura, que só tem um ligação com o Governador do Estado de São Paulo, o fato do Prefeito ser do mesmo partido de Alckmin. Apesar de não ter nada para fazermos na frente da Prefeitura, confesso que foi lindo ver aquela multidão enorme em marcha pela cidade e um dos momentos mais emocionantes deu-se na travessia do viaduto central, quando todos os manifestantes sentaram-se e fizeram um minuto de silêncio.

Agora falemos sobre nosso protesto na Prefeitura. Pois bem, confesso que senti muita vergonha alheia, pois vi gente gritando ofensas de estádio de futebol ao Prefeito e muitas dessas pessoas, aos brados, perguntavam sobre o escândalo conhecido como "Verdurama" que ocorrera na gestão do Prefeito ANTERIOR! Pra quem nunca ouviu falar: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2011/08/10/mp-propoe-acao-contra-prefeito-de-pindamonhangaba-sp-e-cunhado-de-alckmin-por-fraude-em-merenda.htm Bem, o cunhado de Alckmin estava envolvido, mas até ai, não tinha nada a ver com o atual Prefeito Vito Ardito, que aliás é uma figura das mais controversas em nossa cidade, pena que a "modinha" passou, pois temos sim, MUITA coisa a cobrar dele, mas muita coisa mesmo, mas hoje, podemos criar os eventos que nada, o pessoal só confirma presença e nada de aparecer, depois dizem que só confirmaram porque concordam e queriam apenas dar número a manifestação.



Bem, fomos à Prefeitura e voltamos, sem problemas maiores, apenas um grupinho de jovens que chutou a bicicleta (!) de um funcionário da Prefeitura (ato que fez "muuuito" sentido) e que ficavam batendo nas paredes de vidro do prédio e lá ia eu correndo, de lá pra cá para coibir o pessoal... E voltamos contando com a potência de um caminhão de som cedido pela CUT, mas que não contou com nenhum sindicalista discursando, eles apenas ofereceram o caminhão para nos ajudar, isso foi muito legal e até hoje acho que não agradeci o suficiente o Herivelto Vela pela atitude. Teve até agradecimentos para a Polícia Militar e, sim, vieram de mim, pedi salva de palmas porque eles conversaram conosco numa boa, até aturaram nossa caminha que causou uma boa confusão no trânsito (e olha que desrespeitamos o pedido deles para não voltarmos em passeata, exatamente por conta do trânsito) e, me pareciam, mais preocupados em garantir nossa segurança do que em nos reprimir. Claro, ficaria muito feio para o Governador que sua Polícia atacasse também os manifestantes na cidade-natal do chefe. Dois vídeos para se ter uma idéia:



http://globotv.globo.com/tv-vanguarda-sp/link-vanguarda/v/ato-em-pindamonhangaba-sp-da-apoio-as-manifestacoes-contra-tarifa-em-sp/2641060/. E pra não perder o jeitão Gloebbels de ser, o número de participantes foi reduzido a 300... Amigos, éramos bem mais, mas beeeem mais...

Infelizmente, ainda éramos todos muito inocentes e a prova dessa inocência veio com nossa presença maciça na Câmara de Vereadores para ajudar o Prefeito a barrar um aumento (legal) no número de Edis em nossa cidade. Inocentes porque não percebemos a tempo a manipulação de nossas vontades, não entendíamos nada, não sabíamos nada da Política em nossa cidade e nem nos tocamos quando o Prefeito, super bonzinho, cedeu até ônibus para nos levar à 'Casa de Leis'. Acreditávamos que seria uma forma de gastar mais dinheiro com políticos, quero dizer, desconhecíamos o fato de que não haveria aumento no repasse de verbas pela Prefeitura, o orçamento é o mesmo (6%), não importando o número de Vereadores, claro, geralmente, a verba recebida não é utilizada em sua totalidade e com a presença de mais Edis, a devolução da Câmara seria um pouco menor. Assista a votação: https://www.youtube.com/watch?v=U7LQXtXZuxM. Vale registrar que vi sim, no semblante de alguns dos Vereadores presentes, da base do Prefeito (o pessoal que se convencionou dizer que - em campanha - "subiu no no caminhão do Vitão"), que estavam contra o aumento do número de cadeiras (de 11 para 19), um sorriso de satisfação, pois nos enganaram direitinho. O Vereador que propôs o aumento, que votou contra o próprio projeto apenas por acatar a vontade (cega) popular, ainda jogou na nossa cara uma verdade, hoje, dolorosa (pra mim): "Pindamonhangaba pode ter apenas dois Vereadores, contando que todas as sessões sejam assim" (com vários presentes, coisa que não acontece, normalmente aquilo é um vazio de dar dó). A votação na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=lKFPmun4YYU.

Desde 2013 tenho acompanhado as sessões naquela Casa de Leis e tudo o que vejo, de uma forma simples é: temos que tirar todos de lá. Na verdade, todos menos um (pelo menos), o Vereador Professor Osvaldo, pois tenho percebido que é o único que realmente se importa com a cidade, com os projetos apresentados na Câmara, que estuda antes de se posicionar e vira-e-mexe joga na cara do Prefeito, absurdos de sua gestão; infelizmente, por não fazer parte da turma do caminhão, é voto vencido. Há um outro Edil que também se salva, por um triz, o 'Magrão', os demais, já deveriam estar fora da vida pública há anos, mas não largam o osso, de jeito maneira.

Ultimamente tenho a idéia fixa de que devemos reduzir os salários dos Vereadores, Prefeito e Secretários em nossa cidade, pois muita gente que se diz interessada em se candidatar me parece muito mais interessada em entrar na roda de olho no polpudo salário de mais de 9 mil Reais. Na minha opinião e de muitos amigos, o salário dos Vereadores deveria ser de 3 mil Reais, sem contar com a redução das verbas de gabinete também! Tentei organizar um movimento para reivindicarmos tal redução, mas nas duas tentativas, ninguém apareceu e olha que muita gente confirmou presença! ('tenderam?!)

Já havia tentando antes, mas muita gente me desanimava, diziam que era impossível e, claro, depois de perceber que várias cidades conseguiram, voltei à ativa e ainda tenho algumas surpresas para quem anda confortavelmente ganhando muito e fazendo muito... Pouco! Quero dizer, chega a ser um acinte um salário de mais de 9 mil Reais para um Vereador num país onde a média salarial é de R$ 2.104,16 (http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2015-01-29/renda-media-do-trabalhador-cresce-331-em-12-anos-diz-ibge.html), agora, na minha concepção esse valor dediado aos novssos Vereadores é o que deveria ser pago aos Professores da rede municipal de ensino, esses sim realmente importantes para uma sociedade saudável, civilizada e verdadeiramente forte (intelectual, física e espiritualmente), mas, infelizmente, isso é coisa de quem tem os olhos voltados para o futuro, o que não é o caso entre nossos políticos. Sim, acredito que o Professor deve ser valorizado, muito mais do que representantes que não nos representam e vira-e-mexe nos fazem sentir vergonha alheia.

Pindamonhangaba é uma cidade um tanto surreal, quero dizer, tivemos as saudosas manifestações de Junho de 2013, eu - particularmente - vi uma mudança que se revelou fugaz no interesse dos jovens pela Política, uma vontade de mudar o mundo, mas como eu disse, fugaz. Apesar de que muita gente entrou no embalo das manifestações anti-Governo Federal aqui em nossa cidade, inclusive gerando uma espécie de briga de egos para deter o "controle" sobre a juventude pindamonhangabense, terminando com as manifestações, principalmente por conta das duas estúpidas idas à Rodovia Presidente Dutra, quando pela primeira vez ouvi a expressão "micarestação". Fui contra, fui escrachado por alguns que disseram que eu pensava "pequeno", que enquanto eu queria melhorar a cidade, eles queriam mudar o Brasil! Bati na tecla, inúmeras vezes, de que deveríamos arrumar "nossa casa" primeiro, mas não adiantou. Não participei e vários pais entraram em contato comigo, horrorizados com o consumo de drogas nessas "micarestações". Era algo que não fazia o menor sentido, manifestantes já haviam parado a Dutra em cidades vizinhas, ou seja, eles não parariam nada, só iriam até a rodovia e ficariam gritando palavras de ordem um para o outro. Na segunda, a Polícia Militar apareceu e algumas bombas de gás-lacrimogênio depois, já estavam todos fugindo desesperados e assustados. Vale lembrar que teve até atropelamento nesse segundo "rolezinho", infelizmente não sei mais o nome da garota, fui até o Pronto-Socorro, alguém me disse que foi "mais o susto"... Sempre quis ter conhecido e conversado com ela (se não me engano eu ainda liguei e falei com a mãe dela, mas não sei, pode ser a lembrança pregando peça)..

Daí tivemos, pouco tempo depois, o caso de um dos nossos Vereadores queimando a cara em rede nacional e envergonhando nossa cidade, foi aí que percebi que o pessoal estava pouco se lixando mesmo, pois ainda que tivesse convidado as pessoas para se manifestarem quando houve a votação sobre a abertura ou não de um processo de cassação ao Edil, pouquíssima gente aparecer, facilitando sermos ignorados.

Lembro de quando assisti a reportagem do Fantástico relatando que Martim (que viria a ser conhecido também pelo apelido 'Bolt' por conta de uma carreira 'cata-cavaco' pra fugir do repórter Jonas Almeida, da Vanguarda) César havia sido flagrado utilizando veículo oficial para fins particulares e logo pensei que os "indignados" dariam as caras em peso por lá, porém, não foi o que aconteceu. Se não assistiu a matéria do Fantástico: https://www.youtube.com/watch?v=u79uLkhFNf0
Vale avisar que a parte sobre Martim 'Bolt' César inicia aos 08:43 minutos do vídeo, assista e constate o que diz o Vereador. Quando perguntado sobre estar utilizando irregularmente o veículo oficial, Martim diz que sim, mas "sem sabê..." Como não sabe? Ele fazia parte da Mesa Diretora que definiu a utilização de veículo oficial, a assinatura dele está lá! Assinou sem ler?!




Se você acompanhou a matéria, notou que o mesmo é o que se chama de "Réu confesso"! E note que nem comentei sobre a regulação do Denatran, mas sim da própria Câmara (vale lembrar que tal regulação surgiu após irregularidade semelhantes no passado!) E como é que isso passa batido? Fácil, basta ter amiguinhos dispostos a votar contra sua cassação! Principalmente porque o Vereador ainda afirmou que mais Edis fazem uso particular do veículo! Ou seja, quem votou para preservá-lo do processo de cassação, certamente, é um desses que se aproveitam do cargo e roubam dinheiro público, afinal, é isso que estão fazendo, roubando dinheiro público; assista trechos mais longos da entrevista do Vereador aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Bb9DbbFSfPc.

Assistiu? Pronto? Bem, tem mais, confira esta matéria do Vanguarda Mix e entenda porque o apelido de 'Bolt':



Bem, após todo esse furdúncio, o Edil foi realmente poupado do processo de cassação, como já disse antes e eu, assim como muitos já sabíamos que os coleguinhas o protegeriam, mesmo após o Vereador ainda confessar a Jornalistas em entrevista coletiva após acareamento com o motorista e sua oitiva na Comissão Especial de Inquérito, que o motorista realiza funções de 'office-boy' enquanto Martim está numa reunião como a do CREA, claramente um "Desvio de Função" (Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato")

Vale registrar que virei uma espécie de alvo durante a coletiva, tanto que Martim perguntou-me o nome e disse que estava ao nosso lado quando estivemos na Câmara para barrar o aumento de cadeiras naquela casa e, revelou estar muito chateado comigo por conta dos comentários (nem todos meus) e brincadeiras (memes e foto-montagens) com seu nome e imagem nas redes sociais, esta foi: https://www.facebook.com/pages/Camara-Municipal-De-Pindamonhangaba/490721224287996?fref=ts




Bem, como eu já sabia que Martim seria poupado, levei-lhe uma pizza na Câmara, para que ele a comesse com seus pares... Nem preciso dizer que o serelepe Vereador não apreciou. 


Hoje em dia circula mais um vídeo sobre o Vereador Martim César com a denúncia de que o mesmo estaria surrupiando bloquetes (tijolos) da Câmara. Segundo é informado no vídeo abaixo, foram 20 viagens de 'transporte' de material; entretanto, não sei, achei o vídeo um tanto suspeito e até cogito entrar em contato com o Delegado da Polícia Civil de Pindamonhangaba, Dr. Vicente Lagiotto, para ver se conseguimos atestar a veracidade do vídeo. Eu achei suspeito e se não tenho certeza, prefiro buscar melhores informações com quem manja muito mais que eu, mas o vídeo está aí, assista e tire suas próprias conclusões: 

https://www.youtube.com/watch?v=p-F7PYia1bc

E ao que tudo indica, a prática da utilização de veículos oficiais para uso particular já está institucionalizado na cidade, pois ultimamente tem circulado notícias sobre a Secretária de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Dra. Synthea Telles de Castro Schmidt, haver sido multada em R$ 1.400.000,00 (hum milhão e quatrocentos mil Reais - 100 vezes seu salário) pelo mesmo expediente, evidenciando que essas pessoas não tem o menor respeito pelo bem público, muito menos pelas normas e leis que os regem e, claro, sem a menor consideração com a população de Pindamonhangaba.

http://waltermaguiemfoco.blogspot.com.br/2015/10/mp-abre-inquerito-civil-contra.html

Estive na Câmara ontem (12 de Outubro) e conversei com três Vereadores, o primeiro, Provessor Osvaldo me afirmou que já haviam pedido a abertura de C.E.I. para investigar o caso e que somente ele e o Vereador 'Magrão' (o segundo com quem falei e que me confirmou as informações de Osvaldo), abordei também o Vereador Cal, perguntando-lhe porque não assinara o pedido e ele rapidamente ignorou minha pergunta.

Essa é a nossa Câmara Municipal, só podemos contar com Osvaldo e Magrão.

De uns tempos pra cá, deixei de lado a militância apartidária e, sim, resolvi escolher um lado e descer do muro, não estou mais na idade para ficar dando murro em ponta de faca, portanto, decidi filiar-me a um partido político e procurar meios para dar vazão à minha necessidade pessoal, de retornar a Pindamonhangaba tudo o que ele me deu. Dias atrás deparei-me com uma fala do Papa Francisco e me identifiquei profundamente: https://www.youtube.com/watch?v=T79MEtvlFxk e ali encontrei minha Verdade. Sim, amigos, eu creio em Deus, eu sou Cristão, conheço um pouquinho de várias religiões, oro, mas não sou de freqüentar Igrejas, missas... Tenho sido bastante reservado em relação a minha Fé. E olha que já encarei uma caminhada até Aparecida do Norte (e o farei novamente qualquer dia desses). Encaro lecionar (sim, sou Professor, de Inglês) da mesma forma, não dá para descrever o sentimento quando um aluno aprende; retornar o que você aprendeu e ajudar alguém a se desenvolver e estar apto a se comunicar com pessoas de outro país, outra cultura, quem já deu aulas, já compartilhou seus conhecimentos, sabem muito bem do que estou falando.

Devo registrar aqui também, que já fiz uso da Tribuna Livre da Câmara para apontar, sutilmente, a inconstitucionalidade dos métodos de censura naquela Casa de Leis; quero dizer, para se utilizar a Tribuna, deve-se protocolar pedido, informar o tema e esperar que os Vereadores aprovem - ou não - o seu direito a exercer sua Liberdade de Expressão numa Casa do Povo! Sem contar que após a utilização, você só poderá se expressar novamente após seis meses, dizem que é para evitar que a Tribuna seja utilizada todas as sessões por pré-candidatos ou candidatos a Vereador. O que me levou a protocolar tal pedido foi a negativa votada pelos Edis poucos meses antes e, pior, com a desculpa de que o mesmo já houvera utilizado a Tribuna e ao fazê-lo, ofendera alguns Vereadores, entretanto, existem mecanismos que regulamentam a utilização e concedem ao Presidente da Câmara o direito de cortar o microfone do cidadão se este ofender ou fugir do tema proposto e, claro, se não funcionar, basta chamar a segurança da casa. E, claro, Liberdade de Expressão não engloba crimes a reputação e seria o caso de acionar na Justiça aquele que ultrapassar os limites da civilidade. Se você não assistiu minha participação, cá está:



Mudei-me pra cá aos 9 anos de idade e já fui morar em outras cidades, outros Estados e mesmo outro país, mas voltei pra cá. PINDAMONHANGABA. É aqui que cresci, é aqui tive amores, é aqui que tenho muitos amigos (sou daquelas pessoas que tem a sorte de poder contar em ambas as mãos as pessoas que amo) queridos. É aqui que descobri minha vocação política. Há muitos anos, quando ainda estava entre nós, meu pai já havia me falado para me candidatar, principalmente por conta das minhas idéias para a cidade e, claro, para o povo daqui, gente que me trata bem no bairro que for, seja num condomínio fechado, seja num bairro esquecido pelo Poder Público.

Venho sempre tentando através das redes sociais, principalmente o Facebook, contribuir para um melhor entendimento sobre Política em nosso país, baseando-me em análises fundamentadas, explicando pacientemente equívocos propagados como verdades absolutas e, com a nossa polarização (midiaticamente) forçada, logo sou chamado de 'petista', 'comunista', 'bolivariano', como se ofensa fossem, talvez, na cabeça dessas pessoas seja sim, uma ofensa e grave ainda por cima, só assim para tentar compreender o desvelar do ódio.

Essa foi minha primeira participação e, claro, nada mudou, ainda persiste a obrigatoriedade de se declarar o tema, de submetê-lo a votação para saber se a palavra será garantida, ops, melhor, permitida, ou seja, uma análise prévia sobre o teu tema para decidirem se poderemos ou não utilizar a Tribuna. Já vi munícipe ter seu direito a expressão cerceado naquela casa e a desculpa apresentada saiu pior que o soneto, afinal, fo dito que o munícipe em questão, da outra vez que fez uso da Tribuna, ofendeu os Vereadores, mas 'tá na Lei Orgânica que o Presidente pode cortar o som se isso ocorrer e até chamar a segurança. Isso sem contarmos com a Justiça, afinal, todos podem falar, mas se passarem do ponto, podem muito bem ter que responder na Justiça. O que é justo.

Hoje sou filiado ao PSOL, mas não apenas pelo caráter combativo de seus militantes, representantes eleitos, mas também por conta do partido não figurar numa listagem sobre os partidos corruptos do país (foi um estudo de uma Universidade - não lembro qual agora - que pesquisou a 'capivara' dos representantes eleitos de todos os partidos e, bem, o PSOL não aparece em tão infame listagem, tudo bem, alguns dirão que é porque é pequeno e eu digo que não importa, o que importa é que agora ainda está livre dos fisiologistas de plantão, ao que me parece, claro - essa lista tem circulado pela internet como a "Lista da Corrupção do T.S.E.", mas não é do Tribunal Superior Eleitoral, mas é uma bela listagem, baseada nos fichas-sujas de cada partido).

Gosto muito da postura de Luciana Genro, principalmente nos debates da última eleição: https://www.youtube.com/watch?v=cgzsyBKRFJQ. Sem contar Chico Alencar, Ivan Valente, Jean Wyllys, Randolfe Rodrigues, Marcelo Freixo, gente que sinto me representar. Fui procurado por outros partidos, mas não houve identificação, principalmente porque todos figuravam na listagem supra-citada. E bem, acho que esse deveria ser o primeiro item a ser considerado por todo aquele que se interessar por política de modo mais efetivo.

Realizei um evento: "Pinda na Luta Nacional contra a violência a Mulher" e foi bem bacana, apareceram alguns amigos, a Dani da Terra deu show com seu depoimento e suas rimas verdadeiramente fortes e diretas (aqui um aperitivo, quando ela postar o vídeo todo, compartilharei: https://instagram.com/p/8qvDvQoPwz/). Andreia Lopes Cathalá, Simone Gasparin se fizeram presentes, escreveram um pequeno texto sobre o tema para que eu lesse na hora (vale lembrar que Simone leu um texto sobre Educação, levado por militantes do PSOL e Andréia, ajudou na panfletagem dos psolistas; a Fernanda Menezes França que gentil e solicitamente correu para acudir quando a oscilação de energia inviabilizava a utilização do notebook, trazendo o seu, não sem antes baixar as músicas que eu tinha escolhido para o evento. apostei no poder das rimas dos raps de Mulheres artistas e ativistas; muita gente parou para ouvir, muita gente elogiou, mas duas senhoras - em especial - me deixaram com o sentimento de dever cumprido, uma veio me dizer que nunca tinha gostado de rap, mas que adorou as letras e me perguntou os nomes das músicas, a outra, em lágrimas: "Moço, que música triste", no seu olhar notei que ela já passara por situação parecida a descrita naquela canção. Só por ter tocado essas duas Mulheres, meu dia já estava ganho. Também registro e agradeço a presença de companheiros de PSOL, Tiago Lima, que nos cedeu o som, Leonardo e Wilton que trouxeram convidados de peso, que compareceram para acompanhar e apoiar o evento, aproveitando para convidar os presentes para que participassem da Audiência Pública da Educação a ser realizada na Câmara Municipal, dia 21 de Outubro, a partir das 18:00 horas.

Então, continuando: próximo evento (que estou ajudando a organizar): 20 de Novembro, dia da Consciência Negra. Evento criado (https://www.facebook.com/events/1084864831533269/), mas ainda não tive oportunidade de convidar ninguém, estou pensando em como fazer, já pensei em chamar praticantes de religiões de matriz africana e de outras para promover a tolerância, dar o bom exemplo, estou procurando pessoas para falarem sobre o tema, abordando cotas raciais, o extermínio dos jovens negros nas periferias, o racismo disfarçado da nossa sociedade, etc, e, claro, na mesma Praça Monsenhor Marcondes, pois esses temas tem que ser levados para o máximo possível de pessoas. Trata-se de uma discussão importantíssima, para todos.

E esse despertar à política me levou de volta aos estudos: (https://www.youtube.com/watch?v=lKFPmun4YYU), buscando a fundo um maior entendimento sobre a mesma (estudo Ciência Política). Confesso que é triste estudar e acompanhar a coisa na prática, às vezes dá desespero, mas é isso aí que nós colocamos lá, o certo agora é - no mínimo - enxergar como uma obrigação acompanhar em cima, nos manifestarmos e limparmos nossa casa, afinal, se quisermos mudar o Brasil, temos que começar por nossas cidades. E já passou da hora!















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