quinta-feira, 6 de abril de 2023




O discurso de ódio tem se tornado cada vez mais presente na sociedade brasileira nos últimos anos, e o "bolsonarismo" tem sido um importante fator na amplificação desse fenômeno. Desde a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro e seus apoiadores têm utilizado um discurso de intolerância, preconceito e violência, que tem - infelizmente - encontrado eco em uma parcela significativa da população.  Esse discurso de ódio bolsonarista tem contribuído para a ampliação de casos de violência no Brasil, incluindo casos de assassinatos e violência contra mulheres, homossexuais, negros e indígenas. Alguns exemplos desses casos são: 
O assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018, que era negra, feminista e defensora dos direitos humanos. A investigação aponta para envolvimento de milícias e grupos paramilitares, e há indícios de que o crime tenha sido motivado por sua atuação política. 

O caso do assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê em 2018, que foi esfaqueado em Salvador após uma discussão política em que ele declarou seu voto contra Bolsonaro. O agressor confessou o crime e afirmou que o motivo foi a divergência política. 

A agressão à transexual Agatha Lima em 2019, em que um homem armado com uma barra de ferro a espancou em um ponto de ônibus em São Paulo. A agressão foi motivada por transfobia e o agressor afirmou ter sido influenciado pelo discurso de Jair Bolsonaro. 

O caso do assassinato da menina Ágatha Felix em 2019, no Rio de Janeiro, em que a menina de oito anos foi atingida por um tiro nas costas durante uma operação policial. O então presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores defenderam a ação da polícia, ignorando a morte da criança. 

O ataque a uma escola em Suzano (SP) em 2019, em que dois jovens armados mataram oito pessoas e depois se suicidaram. Um dos agressores, identificado como admirador de Jair Bolsonaro, deixou um manifesto com referências ao discurso bolsonarista. 

No dia 04 de abril de 2022, um homem armado invadiu a creche Aquarela, em Blumenau, SC, e matou quatro crianças com idades entre 2 e 3 anos, além de uma professora. O assassino era um apoiador declarado do ex-"presidente" Jair Bolsonaro e do movimento bolsonarista. Fervoroso apoiador de Bolsonaro, o assassino acreditava em teorias conspiratórias e em uma suposta "ameaça comunista" no país. E agora, em 2023, outro homem invadiu outra creche em Blumenau, SC, deixando 4 crianças mortas (entre quatro e sete anos) e 5 feridas e, sim, o assassino é apoiador ferrenho do ex-"presidente" Jair Bolsonaro. 

Esses trágicos episódios são claras evidências da relação entre o discurso de ódio bolsonarista e a violência que tem assolado o Brasil nos últimos anos. É importante destacar que o combate à violência e ao discurso de ódio não pode ser feito apenas após a ocorrência de casos graves como esse. É necessário um esforço coletivo da sociedade e do poder público para promover a cultura da paz, da tolerância e do respeito aos direitos humanos em todas as esferas da sociedade brasileira. Esses foram apenas alguns exemplos de como o discurso de ódio bolsonarista tem contribuído para a ampliação de casos de violência no Brasil. 

É importante lembrar que o discurso de ódio não é apenas uma questão política, mas também uma questão de direitos humanos e de segurança pública. É preciso enfrentar esse fenômeno com políticas públicas que promovam a diversidade, a tolerância e o respeito aos direitos humanos, e combater a impunidade nos casos de violência motivados por preconceito e intolerância.

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