O Desenho
Descubro num sonho o teu gosto
Disfarço o meu amar infantil
Desperto ainda vendo teu rosto
Dilacera paixão tão febril
Anseio tua boca na minha
Armada de Amor até os dentes
A lua lá fora sozinha
Acende meu calor exigente
Não nego a força tão tua
Nem aceito migalhas de luz
Na hora da pele nua
Nasce um sabor que seduz
Intenso me faço só teu
Invento horas aflitas
Imagino teu corpo só meu
Iluminando minha noite infinita
Na sombra que nasce do sono
Não sou de silêncio sutil
Navego teu frágil abandono
Navego teu encanto arredio
Ao sol com as paixões mais finitas
Ao sal meu coração delirante
As horas que cantam inimigas
Apertarão meu peito adiante
Devolvo do olhar o teu brilho
Decido moldar meu futuro
Divagando no piscar do teu cílio
Desenhando teu corpo no escuro.
F. Hernandez
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