quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tapa na cara!



Cidadãos; há alguns meses postei esse texto em uma das páginas de grupos que administro no fêissebuque e acredito que, com algumas alterações, posso e devo re-utilizá-lo para externar meu desapontamento com a grande maioria de vocês, em especial aos "Vs", que se mostraram apenas seguidores de 'modinha' e que fogem do debate sério e de ações para uma Pindamonhangaba melhor; muitos preferem mesmo é ficar discursando na internet, posando de intelectuais politizados, porém, a verdade é completamente outra. E triste. Vamos lá:

"Como iniciar um texto para jogar na cara dos moradores de nossa cidade, o que elas realmente precisam ser lembradas drasticamente? Como encontrar as palavras corretas, as mais fortes, para investir pesado contra tanta gente acomodada que não se importa com mais nada além de si mesmos? Quais palavras poderiam e deveriam ser usadas para incomodar verdadeiramente e tirá-la da apatia conformista na qual se encontram imersos até o pescoço? Quais palavras soariam-lhes insuportáveis e que lhes fizessem sentir vergonha do papel a que se prestam na ordem das coisas? Tarefa difícil, missão ingrata - confesso - porém, a mais importante de todas. E a que deve ser travada!

O primeiro fato que me vem à mente - bem óbvio - ainda que cruel, é: vocês merecem os políticos que tem! Vocês merecem ser deixados de lado por pessoas que só se aventuram na política visando proveito próprio, buscando vantagens, auto-promoção; ascensão social; vocês merecem sim, colocar seus cabrestos e tapa-olhos para votar sempre nas mesmas pessoas, numa re-eleição "ad aeternum" inconseqüente e prejudicial à própria Democracia; Pindamonhangaba, há meu ver, muito necessita de uma nova classe de políticos, aliás, necessita de um 'abraço' entre os futuros candidatos a cargos públicos, necessita de um pacto entre esses candidatos, deixar de lado as imbecilizantes paixões partidárias e lutar pelo que realmente importa: PINDAMONHANGABA. Por que isso é tão difícil? Por que essa estupidez mesquinha de se pensar apenas em partidos e grupos políticos? Não dá pra entender essa bizarra capacidade que temos de não nos unirmos pela nossa cidade; talvez isso seja resultado de nossa incompetência em votar em pessoas verdadeiramente interessadas em fazer uma cidade melhor para todos, criando a revoltante noção que temos da 'política' nos dias de hoje, ou seja, ninguém mais quer ser político, pois sabe que tão logo se preste a tal nobre ação, será atacado até mesmo por amigos, pois é sempre muito mais fácil criticar, ofender, do que caminhar lado-a-lado por uma cidade melhor para todos. Precisamos urgentemente rever nossos conceitos e nos unirmos por nossa cidade e dar um basta a situações tão grotescas quanto as observadas na sessão do dia 10 de Fevereiro, quando os nossos "representantes" não ouviram a voz do povo que pedia pela cassação do Vereador Martim 'Bolt' César, "réu confesso" em caso flagrado em rede nacional de mau-uso de veículo da Câmara. Éramos poucos, barulhentos mas poucos, o que não inibiu aos pares do Vereador supra-citado, blindá-lo contra a vontade do povo. Se a voz do povo é a voz de Deus, na Câmara Municipal de Pindamonhangaba, todos são ateus. Nunca é demais lembrar que na abertura das sessões, o Presidente da Câmara fala em Deus e nos supremos interesses de Pindamonhangaba, isso sempre me dá vontade de rir. Sim, nunca é demais afirmar que os munícipes merecem os representantes que tem. Pinda precisa urgentemente de Homens e Mulheres honrados, realmente interessados em mudar os rumos da política feita aqui... Contudo, infelizmente, não adianta! Vocês merecem todo o descaso dos nossos políticos, vocês merecem pagar impostos para bancar a vida de cada um deles e, não importa se eles fazem por merecer ou não, vocês tem que continuar aceitando tudo, passivamente, da forma vergonhosa como sempre fizeram. Vocês merecem ser enganados; de fato, penso que até gostam, pois assim fica mais fácil aceitar a acomodação e seu papel inócuo numa sociedade de imagens e hipocrisia. Vocês já estão tão acostumados a serem ludibriados e ignorados, que nem se importam que o fazem na cara de vocês, como na sessão já citada, ou como quando levaram a nossa 'Casa de Leis' para longe do centro da cidade, com o único intuito de esvaziar as sessões e permitir-lhes brincar de fazer política.

Da primeira vez que os pindamonhangabenses foram em peso às ruas para protestar - há um ano - me iludi; eu acreditei que uma nova juventude estava surgindo, acreditei que haviam jovens dispostos a deixar suas diferenças de lado, em nome de uma causa muito maior do que eles mesmos; parecia-me que realmente haviam despertado como POVO. Não! Eu estava - verdadeiramente, muito - enganado, pois nossa cidade está muitíssimo bem-servida de indignados 'poser', cheios de palavras apenas, nada mais do que meras palavras, tão vazias quanto seus corações. Jovens que só se preocupam em passar uma imagem distorcida de si mesmos nos fêissebuques da vida. Mas é só enganação, ainda que todos sejam praticamente 'perfeitinhos' no fêisse, na realidade, estão presos aos piores preconceitos e a uma inércia infeliz, de uma pobreza de espírito tão grande quanto seus frágeis egos. Por algum tempo participei de um grupo de internautas que me pareciam interessados (mesmo!) em assumir o papel de 'Agentes da Mudança' que nosso município há muito necessita, entretanto, a palavra 'engano' pode ser novamente utilizada. É estranho perceber que as pessoas só em pensam em se pronunciar em páginas da internet, com o intuito único de atuares como advogados de defesa de políticos ultrapassados, presos a um passado que já não mais se sustenta, que acena com um futuro oco, esvaziado da verdadeira luta a pautar as ações de qualquer político digno: o bem comum (este tão esquecido). E se não são advogados de defesa, são todos Promotores, postando abobrinhas - ou nem tanto - contra o Governo Federal, mas sempre escorregando na própria ignorância, pois geralmente, tudo o que reivindicam é de responsabilidade de outros governos. É, existem outros (Estadual, Municipal), porém essas pessoas parecem ou não saber, ou agir de má-fé pura e simplesmente. É triste constatar que tantas pessoas que conheci naquele grupo só pode ser descrita por uma palavra tão pequena quanto vexatória: 'puxa-sacos'. Todos interessados em tirar alguma vantagem, em tomar para si qualquer lucro, não importando quão pequeno e ainda posam de bem-feitores, cidadãos de bem, interessados... Os arautos de um futuro feito passado. Revelo que me assustei com as atitudes desses 'puxa-sacos', todos eles pessoas que enganam a si mesmas ao buscar refúgio numa intelectualidade que não tem, gente mais preocupada em 'vencer' uma discussão sem apresentar elementos que corroborem o que expressam, tão acostumadas que estão em pensar pequeno e de estarem cercadas por míopes; não se dão ao luxo de ler argumentos contrários, apenas ignoram e continuam em tresloucada gritaria improdutiva e que por inúmeras vezes, inviabilizam a discussão séria, justa e honesta. Essas pessoas buscam convencer através do 'nada'. Ah, são tantas pessoas assim... Até desencantam aqueles que buscam soluções legítimas, que estão dispostas a atuar intensamente na melhora da vida de todos. Sem contar que essas pessoas são negativas e derrotistas, vivem enraizadas num 'puxa-saquismo' servil e tão bajulador que revira o estômago dos desavisados. E eles tem amigos! Que os auxiliam a propagar a própria ignorância e, ao pensar que estão ajudando, não percebem que estão apenas se afundando num lodaçal de falácias e hipocrisias que só testemunha contra eles próprios. Pessoas de posicionamentos e palavras arrogantes, pequenas e - acima de tudo - covardes. Gente incapaz de pensar a longo prazo, que clama por soluções imediatistas sem considerar o que colherão no futuro. Não dá nem pra dizer mais que usam cabrestos e sim, vendas E cabrestos!

Nesse pequeno período (um ano apenas) em que venho atuando com alguns pouquíssimos amigos para tentar mudar esse quadro de descaso e desinteresse, me impressiona o fato de sermos atacados por pessoas que deveriam buscar união, para que pudéssemos lutar juntos por nossa cidade. Mas não... Não o fazem, ao invés disso, sentem-se tão diminuídos por nossas ações (as quais são incessantemente convidados!), que nem se importam em tentar compreendê-las, não se abrem para o diálogo e tudo o que fazem é atacar bestialmente qualquer atitude que lhes fuja a compreensão. Claro, vivemos em um planeta onde a maioria das pessoas apenas visa lucros e benefícios pessoas, a partir do momento que se deparam com iguais, contudo que estão interessados a ajudar o próximo, sentem-se ameaçados e começam a expor toda a sua mediocridade nas atitudes e discursos mais reprováveis possíveis. E se dão ao luxo de acreditar que ninguém percebe a pequenez de suas mentes e almas e corações, tão ensimesmadas que não conseguiriam enxergar a verdade mesmo que ela dançasse nua em seus narizes.

Pois bem, sinto que não posso parar, apesar de sentir vontade de deixar tudo isso de lado, sinto que não posso fazê-lo, sinto que a minha responsabilidade diante da sociedade na qual estamos inseridos e com a qual contribuímos de alguma forma, seja doando as tintas com as quais os políticos fazem 'arte' (no pior sentido na maioria das vezes!), seja falando mal inocuamente, não posso mais parar, não posso nem me permitir cogitar tal hipótese, tenho que acreditar no despertar dos Filhos da Princesa. Tenho que acreditar que eles se cansarão de serem empalados em praça pública por conta da morosidade de seus raciocínios tão comprometidos pela falta de uso. Tenho que acreditar que eu não vim ao mundo para ser mais um acomodado como eles, porém, para me aventurar a bancar minhas próprias idéias e defendê-las contra o escárnio das hienas ensandecidas do "poder pelo poder".

Uma questão polêmica. Desde o início das manifestações em nossa cidade, meu nome surgiu como de possível candidato a Vereador, fato que refutei imediatamente, pois não nunca foi essa a intenção, basta verificar que a primeira manifestação surgiu "de uma hora pra outra", pois eu e mais dois amigos estávamos indignados com a violenta repressão policial sobre manifestantes pacíficos em São Paulo (para mim, o que mais doeu foi a imagem de uma Jornalista da Folha de São Paulo que levou um tiro de bala-de-borracha no olho). Fiquei realmente incomodado e várias outras imagens foram rapidamente aparecendo e aumentando meu incômodo e indignação. Quando criei a primeira manifestação aqui em Pinda, um ato de repúdio ao Governador Geraldo Alckmin, o que me interessava era a expressão dessa indignação e ser também um incômodo, afinal, trata-se de sua cidade-natal e de diversos 'puxa-sacos de ocasião'. Confesso que nos primeiros dias de evento criado, me assustei com a quantidade de confirmações de presença, pois o protesto rapidamente assumia proporções enormes. Temi pela segurança dos manifestantes, não saberia qual seria a postura, tanto deles, quanto da Polícia Militar sobre nossa manifestação, afinal, como disse antes, esta é a cidade do Governador do Estado. Aliás, basta lembrar que fui duramente criticado e atacado em alguns grupos nas redes sociais por partidários de Alckmin e os puxa-sacos de sempre. Um deles até tentou me desqualificar "revelando" que sou natural de Curitiba, PR, não de Pinda, mas não me respondeu quando perguntei se o fato de morar aqui desde os 9 anos de idade (tinha 40 quando houve a primeira manifestação) não me permitia sentir-me um cidadão pindamonhangabense, principalmente por ter tido a oportunidade de residir em outras cidades e mesmo no exterior e não, continuar em Pinda, cidade que tanto amo e da qual quero um dia me orgulhar de verdade; teve um que escreveu num blog que estávamos sendo patrocinados pelo PT. Como dizem por aí: "Afff"; voltando ao papo de candidatura, ainda não é certo, pois além de ter o pé atrás com todos os partidos políticos, não creio que poderia fazer algo se não houvesse um verdadeiro pacto entre Vereadores e população, sabe, deixar de lado interesses partidários mesmo, abandonar essa estupidez de não votar neste ou naquele por conta do partido ao qual pertencem. Por mim, nem existiriam partidos, pois o único que realmente interessa é o POVO. É a cidade e seu povo, o resto é uma infeliz disputa de poder. Ah, não posso deixar de comentar que teve um rapaz me atacando há alguns meses, claro, ele não atacava as minhas idéias, talvez a incapacidade cognitiva o impedisse, portanto, nada melhor para esse tipo de gente do que atacar a minha vida pessoal! Sim, na falta de idéias, na falta de palavras para retrucar minhas idéias, minha vida pessoal passou a dominar o palavreado chulo de uma mente tacanha. Seria cômico se não fosse trágico. Ah, tudo isso sobre uma possível candidatura se dá após a tal votação 'anti-cassação' de quem faz coisa errada, essa vontade me atingiu no dia em que vi que estávamos sendo completamente ignorados e que nossas vozes não encontravam eco em nenhum discurso de nenhum Vereador; essa vontade se deu, no dia em que percebi o quão sozinhos estamos. Mas, detratores, não se desesperem, não tenho dinheiro para bancar uma campanha e não tenho a menor disposição de aceitar auxílio financeiro de ninguém para ficar com o rabo preso depois. Então, não tem problema, são apenas considerações e divagações de uma mente que funciona a mil por hora."


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